História e Desenvolvimento.
Fundada em 1914 a Dodge Motors Company, iniciou a produção de carros de passeio ganhando grande notoriedade de marca no mercado norte americano, este sucesso permitiu a empresa a iniciar esforços para o desenvolvimento de veiculo utilitários leves, sendo os primeiros modelos baseados nas plataformas dos veículos comercias de passageiros, novamente o este série obteve excelentes resultados comerciais, oque geraria o financiamento necessário para no inicio da década de 1930 o projeto e a produção de seus primeiros protótipos de caminhões militares dedicados.
Em 1939, nascia o modelo de meia tonelada 4X4 denominado série VC, que conquistaria os primeiros contratos, liberando a produção em série em larga escala em novembro do ano de 1940, visando assim atender a demanda das forças armadas americanas empenhadas em um amplo processo de reequipamento. Logo após o inicio da Segunda Guerra Mundial o modelo teve sua designação alterada para WC, com letra “ W “ para representar o ano do início da produção (1941) e C para classificação de meia tonelada, sendo que código C, posteriormente foi mantido para a tonelada ¾ e 1 ½ tonelada 6×6, o primeiro modelo desta familia seria representado pela versão G-505 WC ½ tonelada
Os caminhões WC ½ tonelada substituíram os caminhões 1940 VC-1 e VC-6 ½ton Dodge que também faziam parte da série G505. 79.771 dos caminhões de ½ tonelada foram produzidos no final de 1940-1942 sob contratos do Departamento de Guerra. Os modelos de WC 1 a 50 faziam parte da faixa de 1/2 tonelada e eram intercambiáveis a 80% em peças de serviço com os modelos de 3/4 toneladas posteriores.A família de veículos WC , atingiu a impressionante cifra de 38 variantes, entre elas, transporte de tropas, carga, ambulância, comando , estação móvel de comunicações, canhoneiro , oficina, reconhecimento, entre outros. Um ponto importante a citar era o índice de 80% de intercambialidade entre as peças de reposição de todas as versões, facilitando em muito a logística de suprimento nos diversos fronts de batalha da Segunda Guerra Mundial. Este fator aliado a enorme resistência em campo e custo benefício, proporcionaram a construção de aproximadamente 535.000 unidades de todos os modelos, durante o período do conflito.
A propósito do conceito de aproveitamento da mesma plataforma e racionalização de peças reposição o corpo de engenheiros da Dodge Motors desenvolveu uma versão destinada a missão de “Carro de Comando". Após aprovação governamental os modelos agora designados “WC-56” e “WC-57” começaram a ser produzidas em 1942, e tinham por missão básica o reconhecimento em campo de batalha e o transporte de oficiais de alta patente no campo de batalha em terrenos adversos. Estas duas versões podiam ser equipadas com um guincho modelo G502 para 2.268kg, instalado no para choque frontal. Podiam ainda ser equipados com sistema de rádio de 12 volts idêntico ao operado pelo modelo WC-58.
Apesar de não ser tão popular entre as tropas quando o Grand Jeep Willis ( pois era mais pesado e menos manobrável que este concorrente ) , os modelos WC-56 e WC-57 participaram de inúmeros momentos históricos no conflito, transportando generais de renome como George Patton ou Dwight D. Eisenhower . Ato todo foram construídos até 1945, um total de 21.156 unidades do modelo WC-56 e 6.010 unidades do modelo WC-56. Logo após a Guerra da Coreia, começaram a ser substituídos nas forças armadas americanas por veículos de uma nova geração.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou a ter uma posição estratégica tanto no fornecimento de matérias primas quanto no estabelecimento de pontos bases aéreas e portos na região nordeste destinados ao envio de tropas, suprimentos e armas para os teatros de operações europeu e norte africano. Porém naquele período as forças armadas brasileiras ainda signatárias da doutrina militar francesa estavam equipadas com equipamentos obsoletos oriundos da Primeira Guerra Mundial, e se fazia necessário proceder uma ampla modernização de seus meios e doutrinas, esta necessidade começaria a ser sanada com a adesão do Brasil aos termos do Leand & Lease Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), proporcionando ao pais acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate.
A partir de fins e 1941 começaram a ser recebidos no Brasil os lotes de veículos militares destinados as forças armadas brasileiras, em fins de 1942 chegaram as primeiras unidades dos modelos Dodge 4X4 WC-56 e WC-57 Command Car, nos termos do Leand & Lease Act. O advento do inicio do emprego deste carros no pais, trouxeram grande avanço na doutrina operacional não só pela modernidade mas também pela alta disponibilidade pois foram recebidos inicialmente mais de 100 unidades, pois até então o veículos existentes de categoria simular empregados como Carro Comando era os antigos e poucos 4X4 Vidal & Sohn Tempo G1200 de procedência alemã que foram recebidos em 1938.
Com a definição do envio de tropas brasileiras ao teatro de operações Europeu em 1944, ficou definido que a Força Expedicionária Brasileira (FEB) seria equipada com os mesmos veículos em uso pelos exércitos aliados, sendo quase que a sua totalidade de origem norte americana. Desta maneira entre os equipamentos, armas e veículos recebidos na Itália , se encontravam dez unidades dos Dodge WC-56 e WC-57 (infelizmente não existe documentação sobre a quantidade recebida entre esta versões). Os mesmos foram empregados durante toda a campanha, servindo de carro comando para transporte de oficiais de alta patente FEB no campo de batalha, neste teatro receberiam das tropas o apelido de Jipão ( aplicado também neste cenários para os modelos WC-51).
O término da Segunda Guerra Mundial determinou a volta das tropas da FEB para o Brasil, e todo seu material militar foi remetido ao Brasil, incluindo os dez WC-56 e WC-57, nos anos seguintes mais unidades dois modelos foram recebidos pelo Exército Brasileiro, elevando para o total de 223 carros adquiridos, que gradativamente seriam distribuídos a diversas unidades primariamente em sua função original de carro comando e depois com o passar do ano foram relegados a serviços de transporte em detrimento a aquisição de veículos mais novos e adequados ao transporte de oficiais do Exercito Brasileiro.
As unidades remanescentes das 223 originalmente recebidos permaneceram em uso até meados da década de 1980, sendo substituídos por veículos similares de produção nacional, apenas algumas raras unidades continuam preservadas junto aos batalhões ou comandos militares como veículos cerimoniais operacionais, um grande numero também foi adquirido e restaurado por entusiastas militares estando sempre presentes em encontros de carros antigos e datas comemorativas.
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