Na década de 1960, o caminhão F (sem capô, com motor embaixo da cabine) se tornou cada vez mais dominante no transporte pesado global e europeu. Essa foi uma tendência particularmente estabelecida por um fabricante alemão proeminente que desejava racionalizar a fabricação de seus caminhões devido ao domínio dos caminhões F na Alemanha.
Para os dois fabricantes suecos, cada um com uma grande parte das vendas em cada área do mundo fora de seu mercado interno, era natural continuar a oferecer caminhões "convencionais" (como são chamados na América do Norte e em outros lugares) de design moderno.
O futuro do caminhão N
No final dos anos 1960, a Volvo passou por grandes investimentos. Em termos de design, os caminhões N (N86 e N88) praticamente não sofreram alteração desde 1951 (quando o L39 Titan foi lançado), e o número de caminhões N estava diminuindo, já que os caminhões F estavam aumentando constantemente sua participação na população total de caminhões.
Entretanto, a Volvo estava convencida de que o caminhão N tinha futuro para operações de transporte distintas e para diversos mercados. A gestão da nova "Volvo Truck Division" decidiu prosseguir com um projeto de caminhão completamente novo, que também usaria o motor secreto de 12 litros do F89/G89.
Combinando grande resistência e peso leve
O caminhão N foi projetado com resistência robusta e economia de transporte em mente. O baixo peso em combinação com a capacidade de lidar com as tarefas de transporte mais difíceis eram metas prioritárias no processo de desenvolvimento. Um exemplo típico disso foi o design de longarinas completamente novas, desenvolvidas em conjunto com produtores de aço suecos.
A fim de combinar grande resistência e peso leve, as longarinas tinham diferentes espessuras em peças verticais e horizontais. Essa foi uma das razões por trás do peso leve deste caminhão, além de outras características para diminuir o peso, como cabine otimizada, capô de fibra de vidro e motores turbo ultraeficientes.
Um caminhão verdadeiramente global…
O caminhão N tornou-se um caminhão global no verdadeiro sentido da palavra. Ainda que a Escandinávia fosse o típico mercado interno para os N7, N10 e N12, os Roadtrains australianos eram frequentemente transportados pela N12. Para a expansão da Volvo na América do Norte, era essencial poder oferecer um caminhão convencional moderno. Por isso, o N10 foi lançado nos Estados Unidos em 1978 como trator semirreboque.
Mais tarde, o N12, com seus motores maiores e caminhões basculantes, foi introduzido na América do Norte. No Brasil, os caminhões N foram lançados em 1980 e desde então (juntamente com seus sucessores NL10/NL12 e NH) são uma plataforma para o sucesso da Volvo na América do Sul.
…ganhando ampla aceitação
Uma das razões por trás da ampla aceitação dos caminhões N10 e N12 foi o truque T-ride, 6x4, com tração dupla, extremamente resistente, com ótima aderência ao solo, o que significava que um caminhão Volvo N 6x4 podia, muitas vezes, competir com caminhões de tração integral quando se tratava de mobilidade cross-country (os caminhões N de tração em todas as rodas também estavam disponíveis para aplicações onde era necessário máximo desempenho off-road).
A nova designação do produto
Com os caminhões N, o novo sistema de designação de produto dos caminhões Volvo foi lançado; "N" ou "F" designava se o caminhão tinha ou não capô, ao passo que um número designava o tamanho aproximado do motor em litros.
O caminhão N estava disponível com a cabine estendida, cabine leito ou cabine dupla, o que significava que sempre havia uma alternativa de cabine correta disponível para cada aplicação de transporte.
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