domingo, 29 de setembro de 2019

TUE Série 401 (RFFSA)


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TUE Série 401 (RFFSA)
BuddMafersaE402.jpg
Série 1400 (1401/1402) padrão metropolitano na Linha 12 - Safira
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SalãoBudd1402.jpg
Visão interna
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Período de serviço19772017
FabricanteBudd/Mafersa
FábricaLapa, Caçapava
FamíliaBudd
Período de construção19761977
Entrada em serviço1976-2018
Período de renovação2008
Período de desmanche2018
Total construídos30
Total em serviço0
Formação3, 4 (modernizado), 6 e 9 carros
Capacidade1800 passageiros
OperadorRFFSA (1976-1984); CBTU (1984-1992); CPTM (1992-2018)
DepósitosLapaLuzBrás, Engenheiro São Paulo
Linhas7roxo.png Rubi
12blue.png Safira
Especificações
CorpoAço inox
Comprimento Total25,908 m
Largura3,057 m
Altura4,655 m
Altura do Piso1,362
Portas8 por carro (4 de cada lado)
Velocidade máxima100 Km/h
PesoMC : 61.900 Kg
R : 41.500 Kg
RC : 40.050 Kg
Aceleração0,50 m/s²
Desaceleração0,77 m/s² (freio de serviço)
1,10 m/s² (freio de emergência)
Tipo de traçãoelétrica
Motorcorrente contínua
Potência1.224 kW
Tipo de transmissãoÁrvore de cames elétrica
Tipo de climatização5 exaustores e 4 circuladores por carro
Captação de energiaCatenária
Bitola1.600 mm
TUE Série 401 (RFFSA) foi um Trem unidade elétrico que pertenceu à frota de Material Rodante da CPTM.

História[editar | editar código-fonte]

Na década de 1970, a situação dos subúrbios ferroviários paulistas da RFFSA era alarmante. Acidentes, defeitos, vandalismo diminuíam a frota disponível e provocavam protestos da população que realizava protestos que descambavam para quebra-quebras de trens e estações. Para conter a revolta popular pelo mau serviço prestado, que espantava os passageiros. Em 1973, os trens da grande São Paulo transportaram 99 milhões de passageiros, sendo que em 1975 o número havia recuado para 92 milhões. Com essa queda de passageiros e de arrecadação, a RFFSA iniciou um plano emergencial de remodelação dos subúrbios atendidos pela empresa incluindo São Paulo. [2]
Foram adquiridos 30 trens junto à Mafersa, sendo chamados de série 401 (cujo projeto fora baseado na Série 101 da EFSJ), sendo os carros fabricados na unidade Lapa e os truques na unidade Caçapava. Estima-se que cada carro tenha custado cerca de 400 mil dólares à época.[3]
AnoQuantidade
19762
197728 [4]
Total30

Operação[editar | editar código-fonte]

RFFSA/CBTU (1976-1994)[editar | editar código-fonte]

Os dois primeiros trens foram entregues durante a cerimônia de inauguração da estação Estudantes, em 10 de novembro de 1976.[5] Apesar da entrega dos 30 trens ser concluída em 1978, a frota 401 teve um desempenho regular, sendo que em 1984 já se discutia sua modernização. [6]
AnoDisponibilidade (%)
1983[7]77
198480
1985 [8]84
198683
1987 [9]88
198884
1989 [10]71
Disponibilidade média
(1983-1989)
81 %
Entre 1988 e 1991 a CBTU reformou 8 trens da frota, tendo sido todos repassados para a CPTM em 1994.

CPTM (1994-2017)[editar | editar código-fonte]

A CPTM assumiu as linhas, estações e frotas de trens da CBTU em 1 de julho de 1994. Isso incluiu os trens da Série 401, rebatizados Série 1400. A situação da frota da CPTM se agravou ao ponto de apenas 65% de toda a frota da CPTM estar disponível para operação em 1996.[11] Apesar da necessidade de reforma, a Série 1400 (que completava 20 anos de operação naquele momento) foi preterida do Plano Quinquenal de Material Rodante (PQMR I), recebendo apenas revisões programadas. Em fins de 1996 as empresas GE (subsidiária GEVISA) e ABB foram contratadas por 8.930.562,87 reais para realizar a revisão geral de 6 trens-unidade das séries 401/431.[12]
Apenas em 2004 foi lançado o PQMR II, que previu a reforma geral de 14 trens-unidade restantes (da frota original de 30). Após irregularidades, o contrato foi cancelado e apenas 4 trens-unidade foram entregues.[13] Os trens foram empregados pela CPTM na extensão operacional da Linha 7 e e na Linha 12 até junho de 2017, quando os últimos remanescentes foram retirados de serviço, sendo substituídos por trens da Série 2000 na Linha 12 e 9500 na Linha 7.[14]

Modernização da frota[editar | editar código-fonte]

A modernização da frota foi projetada dentro do Programa Quinquenal de Modernização e Remobilização de Frota (PQMR II) em 2004-também chamado popularmente de Programa Boa Viagem. A CPTM licitou a reforma de 14 trens remanescentes da Série 1400, tendo o contrato sido vencida pela empresa IESA Projetos[15] em agosto de 2005 pelo valor de R$ 18.967.114,63.[16] Por conta de indícios de corrupção detectados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (que mais tarde se revelariam no Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo), o contrato foi julgado irregular e cancelado com 4 trens concluídos e os demais em início de modernização, totalizando 43%. Posteriormente, a CPTM decidiu sucatear os 10 trens restantes.[17][18]
ProgramaSérieTrens-unidadeLicitação/contratoVencedoraSituação
PQMR II[19]140014nº 848.640.201.100IESA (R$ 18.967.144,63)Julgado irregular pelo TCE-SP e cancelado com 43% executado

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