O famosíssimo designer Nils-Magnus "Måns" Hartelius foi o criador de muitos veículos de sucesso em todo o país projetados e produzidos pela Volvo. Um design que se mostrou muito eficiente foi o veículo Laplander, desenvolvido no final dos anos 1950.
Um sucessor de primeiro nível
O Laplander foi projetado em resposta a uma competição de design criada pelos militares suecos, que queriam um sucessor de primeira linha para o veículo GP (General Purpose, comumente apelidado de Jeep) que havia sido comprado como material adicional após a Segunda Guerra Mundial e, agora, estava ficando velho e menos eficiente para novas tarefas.
O Laplander foi apresentado ao Exército da Suécia em 1959, quando várias unidades pré-produção foram construídas para teste sob a designação P2304.
Tipo cabine avançada
O novo veículo contava com um tipo de cabine avançada para diminuir o comprimento total, aumentar a qualidade das manobras off-road e melhorar a distribuição de peso entre os eixos. Essa configuração também apresentava visão extremamente boa para o motorista.
A versão final, L3314, foi apresentada após testes muito rigorosos, sendo muito parecida com as unidades P2304 iniciais. Agora, ele contava com o motor B18 mais potente (no final do período de produção, as versões finais do L3314/L3315 e do C202 eram movidas pelo motor B20, ligeiramente mais potente, com maior capacidade).
Produzido com componentes para carros
O L3314 (como era chamada a versão básica final) era um inovador veículo de carga leve cross country feito, até certo ponto, com base em componentes usados também para carros da Volvo, como o PV544 e o Amazon. Além do motor, a caixa de câmbio e as unidades de transmissão do eixo traseiro e dianteiro também eram idênticas às dos carros, embora uma caixa de câmbio de transferência de redução intermediária tenha sido adicionada para transferir a potência para os dois eixos e reduzir a velocidade em rotação normal do motor no terreno.
Um dos fatores mais importantes por trás da mobilidade extremamente boa no terreno eram os pneus largos, junto com uma generosa altura em relação ao solo. Uma trava do diferencial no eixo traseiro adiciona tração em condições lamacentas.
A versão básica para uso militar foi apresentada como um veículo aberto com teto de lona. Algum tempo depois, uma versão com teto rígido com superestrutura de aço e espaço para oito pessoas também foi lançada e produzida paralelamente à versão com teto de lona.
Um veículo multiuso
A versão com teto rígido tornou-se o modelo básico quando o veículo civil Laplander foi lançado. Além disso, estava disponível uma terceira versão, com caçamba, espaço para duas pessoas nos assentos dianteiros e uma pequena plataforma. Ficou popular para funções de serviços públicos, como remoção de neve e para combate a incêndios florestais.
O Laplander era um autêntico veículo multiuso, projetado inicialmente para transporte de funcionários e para tarefas de inteligência das tropas de cavalaria da Suécia (que não usavam mais cavalos...). Rapidamente foi desenvolvida uma versão para radiotransmissão móvel (com base na estrutura com teto rígido), além de modelos de ambulância.
Qualificado para tarefas de combate
O Laplander, além disso, também comprovou suas qualidades em tarefas de combate ativo, incluindo sua função como veículo de carga com arma antitanque, em uso na Noruega e na Suécia. O veículo antitanque norueguês tinha como base a versão normal com cabine avançada. Já o veículo antitanque L3304 especial sueco tinha uma estrutura única com capô e barra anticapotamento muito forte para aumentar a segurança da tripulação.
Uma versão especial também foi desenvolvida servindo como veículo lançador para robôs antitanque muito eficientes. Essa geração de veículos ficou muito popular para serviço militar ativo e serviço civil. A produção desses veículos foi interrompida em 1970, pois seriam substituídos pela geração C3, mais potente e muito mais cara, de veículos de alta mobilidade.
A produção é retomada
No entanto, havia uma demanda constante pelo veículo Laplander eficiente e ligeiramente menos avançado de vários clientes civis. Depois de solicitações constantes por muitos anos, a produção foi retomada, desta vez em cooperação com o fabricante húngaro Csepel Auto, que disponibilizava capacidade de produção (nenhuma construção adequada estava disponível para a produção desses veículos na fábrica Volvo em rápida expansão, em Gotemburgo, na Suécia).
O C202 foi aperfeiçoado de várias formas, em relação à versão Laplander anterior, incluindo componentes de transmissão revisados, travas das portas novas e mais seguras etc.). No total, cerca de 3.000 veículos C202 foram montados antes de a produção ser finalmente interrompida, em 1981.
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