O Brasil, nossa terra
A primavera chegando
Me esclareceu também que aquela mesa da sala, aquela mesinha, onde naquele momento eu apoiava perfeitamente meus cansados pés, estava no lugar errado e que o lugar dela era na casa da roça. Me fez ver que a cama da caçula, que aquela porta, que a casinha do Tigrão, que umas tralhas minhas lá, pneus, bicicleta velha, etc, etc, em suma, ela abriu meus olhos e me fez ver que todos esses objetos estavam de pernas pro ar. Fiquei aterrado, estupefato; como se diante de meus olhos tivesse passado um furacão e ficado aquela bagunceira danada. E aí, conseqüentemente, tudo se resolve com um simples: "O Naldo está de picape e o Naldo pega, o Naldo leva, o Naldo carrega".
Uma Hobie de 6 pés e 10 polegadas a caminho do mar
Mostradores de fácil leitura
Console com recursos de sobra
No volante, controle do áudio. Na alavanca do pisca, também controle de velocidade cruzeiro
Picape não foi feita para autódromos, mas ser bom de curva, seja qual for o veículo, significa segurança. E cá estamos nós de novo nos impressionando com a eficiência dos motores turbo modernos. Este diesel biturbo tem somente 2 litros de cilindrada e gera 180 cv a 4.000 rpm e 42,8 m·kgf a 1.750 rpm, portanto, a 2.000 rpm ele já produz potência suficiente para em 8ª marcha empurar tranqüilamente tudo isso a 120 km/h, e olhe, caro leitor, que área frontal não lhe falta, são nada menos que 3,02 m². Só os retrovisores externos somam a área frontal de um Lotus Elan (sic).
A força do motor nos impressiona ainda mais, quando, por exemplo, na Rodovia Anhangüera, a 115 km/h e com o controle de velocidade ligado, pegamos subidas e ele as supera sem que o câmbio automático reduza marcha alguma. O motor escora e sobe em 8ª marcha – no painel há indicador da marcha em uso, tanto em modo manual quanto automático – como se nada houvesse. Para o leitor visualizar a situação, com um carro normal, com motor 1,6-L, reduziríamos de 5ª para 4ª nesses casos. Esse “motorzinho”, como se vê, dá conta do recado e sobra.
Logo que cheguei em casa, fui tratar de tirar a lona que fecha a caçamba. Abri a tampa, me enfurnei lá dentro e, diante de muitos parafusos achei que a tarefa seria muito complicada. Deveria haver um modo mais prático e eu não o estaria enxergando. Liguei para uma concessionária e me disseram que era por aí mesmo, que levariam uma hora e meia para tirá-la (?). Meti mãos à obra e tirei em 25 minutos. Mesmo assim... quase meia hora de trabalho... que por sorte fiz na sombra da garagem de casa. Se estivesse ao sol, debaixo daquela lona preta, eu estaria lascado pra valer. Em vez de parafusos longos, por favor, usem travas, grampos, clipes e boa, o que transformaria esses 25 minutos em cinco.
A tampa traseira não tem fechadura a chave, daí que mesmo com lona nada tem a mínima segurança na caçamba. Ao parar num posto de beira de estrada para tomar um cafezinho, uma pessoa entra enquanto outro tem que ficar na picape, caso tenha algo de valor lá atrás. Não custava nada uma travinha com acionamento na cabine. Estando só e com bens na caçamba, mesmo com a lona esticada, o sujeito simplesmente não pode dar o vacilo de ir tomar um café.
Além disso, a caçamba poderia ser maior: nem um Honda Biz cabe nela.
Não pedi nada caro ou complicado até agora, não é? Ainda mais para um veículo valioso e sofisticado como esse: R$ 130.550,00.
Quem vai atrás tem amplo espaço para pernas e cabeça, mas o encosto é muito vertical e a espuma é dura. Nada confortável para viagens longas. A nova Ford Ranger tem o banco traseiro bem melhor, trata melhor quem vai atrás. E a Amarok não tem saídas de ar-condicionado para o banco traseiro.
A relação peso-potência se equivale a de um moderno hatch de 1 litro. Ela tem o dobro da potência, mas também o dobro do peso. Daí que, por exemplo, visualizando, numa “prova de arrancada de 0 a 100 km/h” eles teoricamente andariam juntos. A grande diferença está na retomada, pois a Amarok tem o quádruplo do torque, o que lhe dá uma relação peso-torque muito mais favorável, o dobro, principalmente por ele vir máximo já em baixo giro: 1.750 rpm. Sendo assim, já em baixo giro ela disponibiliza muita potência, portanto as retomadas são rápidas, muito boas, não deixando nada a desejar. Ela anda rápido mesmo. Na estrada, se houvesse condições legais e ambientais para isso, ela manteria com tranqüilidade, silêncio e estabilidade uma velocidade cruzeiro entre 140 e 150 km/h. Velocidade máxima, segundo o fabricante: 179 km/h.
Bons freios. Tem ABS nas quatro rodas, freia forte e mantém estabilidade, sem sustos. Há a função ABS para o fora de estrada, otimizando a frenagem nessas condições ao permitir ligeiro travamento no final, de efeito benéfico.
Mais um motor turboalimentado de baixa cilindrada e muita potência
Os faróis são excelentes, porém senti falta de um regulador de altura. Na cidade ele incomoda quem vai à frente e eu gostaria de poder baixar o facho.
Logo que cheguei em casa, fui tratar de tirar a lona que fecha a caçamba. Abri a tampa, me enfurnei lá dentro e, diante de muitos parafusos achei que a tarefa seria muito complicada. Deveria haver um modo mais prático e eu não o estaria enxergando. Liguei para uma concessionária e me disseram que era por aí mesmo, que levariam uma hora e meia para tirá-la (?). Meti mãos à obra e tirei em 25 minutos. Mesmo assim... quase meia hora de trabalho... que por sorte fiz na sombra da garagem de casa. Se estivesse ao sol, debaixo daquela lona preta, eu estaria lascado pra valer. Em vez de parafusos longos, por favor, usem travas, grampos, clipes e boa, o que transformaria esses 25 minutos em cinco.
A tampa traseira não tem fechadura a chave, daí que mesmo com lona nada tem a mínima segurança na caçamba. Ao parar num posto de beira de estrada para tomar um cafezinho, uma pessoa entra enquanto outro tem que ficar na picape, caso tenha algo de valor lá atrás. Não custava nada uma travinha com acionamento na cabine. Estando só e com bens na caçamba, mesmo com a lona esticada, o sujeito simplesmente não pode dar o vacilo de ir tomar um café.
Além disso, a caçamba poderia ser maior: nem um Honda Biz cabe nela.
Não pedi nada caro ou complicado até agora, não é? Ainda mais para um veículo valioso e sofisticado como esse: R$ 130.550,00.
Quem vai atrás tem amplo espaço para pernas e cabeça, mas o encosto é muito vertical e a espuma é dura. Nada confortável para viagens longas. A nova Ford Ranger tem o banco traseiro bem melhor, trata melhor quem vai atrás. E a Amarok não tem saídas de ar-condicionado para o banco traseiro.
A relação peso-potência se equivale a de um moderno hatch de 1 litro. Ela tem o dobro da potência, mas também o dobro do peso. Daí que, por exemplo, visualizando, numa “prova de arrancada de 0 a 100 km/h” eles teoricamente andariam juntos. A grande diferença está na retomada, pois a Amarok tem o quádruplo do torque, o que lhe dá uma relação peso-torque muito mais favorável, o dobro, principalmente por ele vir máximo já em baixo giro: 1.750 rpm. Sendo assim, já em baixo giro ela disponibiliza muita potência, portanto as retomadas são rápidas, muito boas, não deixando nada a desejar. Ela anda rápido mesmo. Na estrada, se houvesse condições legais e ambientais para isso, ela manteria com tranqüilidade, silêncio e estabilidade uma velocidade cruzeiro entre 140 e 150 km/h. Velocidade máxima, segundo o fabricante: 179 km/h.
Na roça
Bons freios. Tem ABS nas quatro rodas, freia forte e mantém estabilidade, sem sustos. Há a função ABS para o fora de estrada, otimizando a frenagem nessas condições ao permitir ligeiro travamento no final, de efeito benéfico.
Em estrada com asfalto bom, vai macia. Em asfalto ruim a carroceria chacoalha. Além disso, o volante transmite além do agradável as imperfeições do solo, ele também chacoalha, pois rodas e pneus pesados têm muita inércia e o sistema de direção não o consegue anular. Não tem como escapar disso. Rodas e pneus pesados, suspensão pesada na dianteira e eixo rígido atrás; são os males de todas picapes. Quem quer ou precisa delas, que se conforme com isso. Os engenheiros da VW fizeram o que era possível. Nada a criticar, só a elogiar.
Por mais que o Carlão, o capataz da fazenda, e eu procurássemos encrenca com ela, saindo por estradas de terra, por estarmos ainda na estação seca não achamos situações em que a tração integral precisasse manifestasse e muito menos o bloqueio eletrônico do diferencial traseiro. Não achamos descidas capciosas o bastante para que necessitássemos ligar a assistência para descidas, que é um controle que freia independentemente as rodas de acordo com a necessidade. Voltamos meio frustrados.
Em busca de aventuras
Gostei da Amarok automática. O Bob já havia andado com ela no lançamento, faltava o AE vê-la como é no dia a dia. Ela seria muito boa para mandar a lenha a 160 km/h cruzando pelas retas da Patagônia e em seguida encarar a Cordilheira dos Andes, subindo e descendo, pegando neve brava lá em cima e lama de degelo nas baixadas. Seria o veículo ideal para isso
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