sábado, 3 de dezembro de 2016

EE-11 URUTU


EE-11 URUTU

Veículo Blindado Transporte Pessoal 


Histórico

Desenvolvimento do EE-11 Urutu blindado de transporte de pessoal começou em 1970. O primeiro protótipo foi construído no mesmo ano. A produção do EE-11 Urutu começou em 1974. Inicialmente produzido para as forças armadas brasileiras, logo o EE-11 Urutu foi exportado para a Bolívia, Chile, Colômbia, Chipre, Equador, Gabão, Iraque, Líbia, Marrocos, Uruguai e Venezuela. Cerca de 1.500 veículos deste tipo foram construídos.

Este blindado de transporte de pessoal tem duas camadas de blindagem. A camada externa é feita de aço duro, enquanto que a armadura interna apresenta maior viscosidade. O motor montado na frente também aumenta a proteção passiva para os ocupantes. A frente do casco fornece proteção contra munições do tipo armor-piercing, enquanto a proteção em geral é contra projéteis de armas leves, estilhaços de minas e fragmentos de artilharia. O EE-11 Urutu é equipado com um sistema automático de supressão de fogo, porém o sistema de proteção NBC era apenas facultativo .

O EE-11 Urutu é armado com uma única metralhadora de 12,7 mm, montada sobre o teto. Há um número de variantes do EE-11 equipado com várias torres e diferentes tipos de armamento.

O EE-11 blindado de transporte pessoal tem uma tripulação de um piloto e pode transportar 12 - 14 soldados totalmente equipados. Tropas entram e saem do veículo através de portas laterais ou traseiros, ou pelo teto do veículo. Há um número de portas fogo fornecida.



 Urutu utilizado pela MINUSTAH no Haiti.

Desenvolvidos pela Engesa, o Urutu e o Cascavel foram grandes sucessos de exportação. Os dois veículos possuem muitos componentes em comum e utilizam a suspensão Engesa Boomerang. O Urutu é um blindado leve e com capacidade anfíbia. Recebeu diferentes equipamentos de acordo com as necessidades dos clientes.

Atualmente, o Exército Brasileiro está desenvolvendo um programa de modernização destes veículos, de modo a estender sua vida útil, pois sua blindagem era fraca demais para suportar munição perfurante moderna para fuzil. Um exemplo desta deficiência ocorreu no Haiti há alguns anos atrás, quando uma bala perfurou a lataria do Urutu e feriu um militar brasileiro na mão.



Países como Chile, Jordânia e Iraque, já desativaram seus Urutus. Os mais novos Urutus possuem cerca de 15 anos de uso. Mas em 2006, outras 6 unidades inacabadas foram adquiridas pelo Exército Brasileiro. A média de uso destes veículos, no exército brasileiro, é superior a 30 anos.



NOVAS VERSÕES DO URUTU NO HAITI


A nossa experiência com este veículo, em situações extremas, tem sido fruto das diversas missões de paz, da ONU, em que participamos como Angola, Moçambique e agora no Haiti, e também por forças estrangeiras como os Jordanianos no próprio Haiti e em Kosovo onde diversos deles, últimas versões de série, pertencentes aos Emirados Árabes Unidos atuaram em situações de controle anti-distúrbio em 2004 na cidade de Mitrovika.


Hoje estamos com vinte destes veículos atuando no Haiti, onde alguns deverão retornar ao país para uma nova revisão, visto que ultrapassaram em muito todas as atividades das missões de paz anteriores, inclusive mostrando as suas deficiências e necessidades mais prementes, para que possam continuar a cumprir suas missões.
 Até que possamos encontrar um substituto, eles continuarão por um longo tempo operando junto ao Exército Brasileiro, e alguns estão sendo repotenciados desde 2001 no Arsenal de Guerra de São Paulo – AGSP, o que irá prolongar em muito sua vida útil.


Como fruto do aprendizado na crítica situação que nos encontramos no Haiti, pelo menos dois deles receberam uma lâmina frontal do tipo buldozer, hidráulica, cujo trabalho foi realizado pela Centigon Blindagens do Brasil Ltda dentro do próprio AGSP, onde ela funciona em uma parte alugada.
 Muito embora a própria Engesa nos anos 80 tenha desenvolvido e produzido em série a versão denominada ANTIMOTIM, exportando para a Tunísia aproximadamente nove veículos dos dezoito comprados, somente agora se percebeu o quanto era importante possuir esta versão tanto que acabamos de entregar uma versão similar às tropas brasileiras no Haiti, que poderão efetuar com mais comodidade, segurança e praticidade a remoção de obstáculos que bloqueiam as estreitas ruas dos subúrbios da capital Porto Príncipe.




Outra versão também entregue às nossas tropas foi um EE-11 URUTU AMBULÃNCIA, do qual produzimos e exportamos aproximadamente doze veículos para o Chile (que não os opera mais), Equador, Colômbia e Jordânia e agora o próprio Brasil.


O mais curioso é que este veículo praticamente foi todo montado no AGSP visto que lá existia uma carcaça zero quilômetro, sem qualquer componente interno, que pertencia ao espólio da Engesa e o aproveitamento da mesma gerou um novo veículo para o EB que agora poderá ver a grande utilidade desta versão numa situação extrema como a vivida por nossas topas no exterior. A grande novidade em relação à versão projetada pela Engesa é o fato de possuir uma caixa blindada com vidros à prova de
balas para o motorista, aumentando seu campo de visão e dando-lhe mais proteção.




A principal característica desta versão é proporcionar uma rápida e eficiente remoção de feridos visto que ela acompanha com facilidade os demais veículos da família URUTU. Seu interior é amplo, podendo acomodar quatro macas e diversos equipamentos médicos usados em situação de emergência.
 Esta padronização de veículos blindados 6x6 sobre rodas facilita em muito a manutenção e a cadeia de suprimentos e vem mostrar que estes veículos, após o repotenciamento ainda podem operar por mais um tempo, visto que dos 39 repotenciados, cuja meta é 45, 20 estão fora do país e não temos nada igual ou superior a eles operando atualmente no Exército Brasileiro, e a cada dia que passa está ficando
cada vez mais distante a Nova Família de Blindados sobre Rodas...

Versões


Porta morteiro
Preparado para o transporte de um morteiro de 81mm, para acompanhamento de forças morotizadas, para apoio de fogo. Tranportava além do atirador e motorista, a guarnição da peça (quatro militares).

Missil-anticarro
Com uma torre com canhão de 25mm e um tubo lançador de missil anti-carro. A tripulação é constituida por motorista, atiradores (canhão de 25mm e missil ou misseis) e sete militares armados.

Apoio de fogo
Equipado com a mesma torre de 90mm do blindado Cascavel. A sua tripulação é constituida por comandante, motorista e atirador, mais seis soldados armados. Este veículom, podia disparar a sua peça de 90mm de dentro de água. No entanto a sua utilidade em ambiênte de desembarque oceanico é discutível.

Anti-aéreo
Versão equipada com uma torre de dois canhões de 20mm ou um canhão de 25mm. Além da tripulação standard, ainda tem um operador de radar.

Carro-oficina
Versão normalmente desarmada, inclui um guindaste hidráulico e equipamentos para manutenção e desempanagem de veículos no campo de batalha. A sua tripulação é constituida por motorista atirador e dois mecânicos.

Anti-motim
Versão equipada com uma prancha anti-barricada e lançadores fumigenos. Transporta 12 militares mais comandante e motorista.

Ambulância
Equipada com quatro macas e aparelhagem médica para prestação de cuidados médicos de urgência.

Carro-comando
Concebida para carro-comando de grandes unidades e sub-unidades operacionais. Permite o acompanhamento do campo de batalha por parte dos comandos operacionais. Leva duas mesas acopladas nas latrais e lugares para arquivos, documentos e mapas, além de equipamento rádio.



Fabricante: Engesa - Brasil
Tripulação: 3+10
Comprimento: 6.1
Largura: 2.65M
Altura: 2.9M
Peso vazio: 11000Kg.
Peso preparado para combate: 14000Kg.
Sistema de tracção: Seis rodas motrizes
Motor: Detroit Diesel 6V-53T 6cyl
Potência: 260 cv
Velocidade máxima: : 105 Km/h
Velocidade em terreno irregular: 75 Km/h
Tanque de combustível: 380 Litros
Autonomia máxima: 850Km


Armamento básico
 x 12.7mm Browning M2 (Calibre: 12.7mm - Alcance estimado de 1.5Km a 2.4Km)


 País: Brasil
Designação Local:URUTU 
Qtd: Máx:409 (723 total Marinha e Exercito)
Qtd. em serviço:224 (Não Confirmado)
Situação: Em serviço


Construído nos anos 80 o EE-11 URUTU, foi um equipamento pensado dentro da realidade do parque automóvel do Brasil.

 Neste momento decorre um programa de modernização destes veículos, que pretende, coloca-los em condições de prestarem serviço nas forças armadas brasileiras pelo menos até meados da segunda década do século XXI.

 Ao mesmo tempo, existem planos por parte do exército para uma versão II do URUTU, que deverá ser melhor protegida e mais capaz de responder a novas exigências.


Unidades entregues

 Brasil - 723 (Exército e Marinha)
 Iraque - 148
 Emirados Árabes Unidos - 132
 Jordânia - 82
 Colômbia - 56
 Líbia - 40
 Venezuela - 38
 Chile - 37
 Equador - 32
 Angola - 24
 Tunísia - 18
 Suriname - 16
 Bolívia - 12
 Paraguai - 12
 Gabão - 11
 Zimbabwe - 7

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