sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

blindados medios

Os tanques médios eram parte vital do corpo de blindados de todo exército durante a Segunda Guerra Mundial. Possuíam maior blindagem e poder de fogo que os tanques leves, mas contavam com maior manobrabilidade e velocidade que tanques pesados como o Panzer Tiger e o Churchill. Dada essa versatilidade, eram os mais numerosos dos subtipos de blindados.
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M4 Sherman
No lado dos Aliados, o principal tanque desta categoria foi sem dúvida o M4 Sherman americano. Produzido desde o ano de 1941 nos Estados Unidos da América, o Sherman se provou um exemplo de design de blindado por conta de sua eficiência em combate e fácil adaptação para diversas funções. Sua versão padrão pesava cerca de 30 toneladas e possuía uma altura de 2,74 metros. A blindagem soldada possuía duas espessuras: 93 e 118 mm, variando de acordo com a versão produzida. O armamento principal era um canhão de 76mm capaz de perfurar blindagens d outros tanques médios. Como arma secundária era equipado com duas metralhadoras Browning .30 nas laterais e uma M2 .50 montada no topo , que eram usadas para defesa secundária contra tropas inimigas. A anatomia de funcionamento era 193 km com o tanque de 660 litros cheio. Chegava a uma velocidade máxima de 48km/h em boas condições. O Sherman recebeu muitas variações com diversas funções, como o M4 Crocodile, onde o canhão principal é substituído por um lança chamas.
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Tanque Cromwell Mk VII
No exército britânico se encontravam tanques médios e tanques de cruzeiro. Os tanques médios tinham as mesmas características dos tanques médios de outros exércitos, mas os tanques de cruzeiro eram versões menores e mais rápidas com o objetivo de flanquear blindados inimigos com sua velocidade superior. O principal desses tanques era o Cromwell, espinha dorsal do corpo de blindados britânico. Pesando 28 toneladas e com 2,49 metros de altura, o Cromwell contava com um canhão de 75mm como armamento principal e 2 metralhadoras de 7,92mm como armamentos secundários nas laterais. Chegava à uma velocidade máxima de 64km/h e possuía uma autonomia de funcionamento de 130km em terreno aberto e 270km em estradas.
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Panzerkampfwagen III
No lado do Eixo, os dois principais tanques médios são o Panzer III e o Panzer IV. O Panzer III foi começou a ser desenvolvido em 1935 com o papel de ser um tanque de apoio à infantaria. Porém após o inicio da guerra. Seu papel foi modificado para ser um tanque de combate á outros tanques. Armado com 1 canhão de 75mm e 3 metralhadoras calibre 7.92mm. Sua blindagem tinha 50 mm de espessura frontal e 15mm nas laterais e ele pesava 23 toneladas com e tinha uma altura de 2.5m. Contava com uma autonomia de 165km e velocidade máxima de 40km/h em estradas e 20km/h fora delas, vemos que o Panzer III é inferior aos outros tanques da mesma categoria. Isso levou o comando alemão a encomendar o desenvolvimento de um aprimoramento do Panzer III, o Panzer IV.
Im Westen, Panzer IV
Panzerkampfwagen IV
O Panzer IV foi desenvolvido após a necessidade de um tanque mais eficiente para combater os M4 Sherman americanos e Cromwell ingleses durante o curso da guerra. Originalmente o Panzer IV seria um tanque de suporte para ser usado contra artilharias antitanque e fortificações inimigas. Porém foi se necessário adapta-lo ao combate entre blindados após se constatar a baixa eficiência do Panzer III. Ele pesava 25 toneladas tinha 2,68 metros de altura. Sua grande vantagem estava em sua armadura e armamento. O armamento principal era um canhão de 7.5cm e duas metralhadoras de 7.92mm como armamento secundário. A blindagem possuía espessuras diferentes em cada parte do tanque. A parte frontal tinha a espessura de 80mm, a lateral 30mm e a retaguarda 20mm. Possuía uma autonomia de 200 km e velocidade máxima de 42 km/h. Podemos ver que o Panzer IV é um enorme avanço em design de blindados. Ele provou um blindado eficiente e confiável, sendo um problema para as forças aliadas. As duas variações mais utilizadas na região e época da Operação Market Garden eram a Ausf.G e a Ausf.H. O Ausg.G foi uma das primeiras variações do modelo original do Panzer IV. Suas principais modificações eram um aprimoramento da armadura lateral, que apesar de ser suficiente contra os tanques russos de média velocidade da época, tornava o Ausf.G mais pesado, diminuindo sua velocidade. As torres foram equipadas com lançadores de granadas de fumaça e foi nesse modelo que foi introduzido o canhão de alta potência Kwk 40L/48. O Ausf.H foi o modelo de Panzer IV mais produzido durante a guerra, e contou com importantes aprimoramentos em relação ao seus antecessores. A armadura lateral introduzida com adicional no modelo Ausf.G agora era parte integral da armadura. O Ausf,H também possuía agora uma armadura inclinada que dificultava a penetração de munição antitanque.  Também foi adicionada uma metralhadora antiaérea ( a MG 34), aumentando o poder de fogo. Porém todos esses adicionais acabaram por diminuir ainda mais a velocidade do Panzer, que agora chegava a no máximo 15km/h em condições de combate.

M20 Armored Utility Car


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M20  Armored Utility Car
Além do M8, os americanos também utilizaram o M20 Armored Utility Car, produzido pela Ford durante a Segunda Guerra Mundial. Seu nome original era M10 Armored Utility Car, porém para não fazer confusão com o M10 Wolverine Tank Destroyer, ele foi renomeado como M20. Era uma ótima viatura blindada de comando. A modificação foi mais feita no canhão de 37mm que foi retirado para se colocar um compartimento extra que contem dois assentos laterais, mesa, suportes para armas leves e o equipamento de rádio, para sua proteção se adicionou sobre essa estrutura um trilho circular para suporta uma metralhadora .50 rotativa.

M8 Greyhound


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M8 Greyhound
Pelos Estados Unidos, foi desenvolvido em julho de 1941, o M8 GREYHOUND foi construído para ser o novo caçador de tanque para substituir o M6 37 mm Gun Motor Carriage. Protótipos foram dados para Studebaker (T21), Ford (T22) e Chrysler (T23), todos eram similares na estrutura e na aparência. Em abril de 1942 a versão T22 da Ford foi selecionada. Porem era claro que o canhão de 37mm não seria páreo para a blindagem dos tanques nazistas. Originalmente seu nome é M8 Light Armored Car porem foi nomeado de Greyhound pelos Ingleses por conta de sua alta velocidade e fina blindagem. Contratos foram feitos para que sua produção tivesse começo em março de 1943; tendo sido exportado pelo programa de arrendamento de guerra estadunidense para ampla utilização na frente de combate pelos exércitos britânico, francês e brasileiro, todos aliados dos Estados Unidos naquele conflito.

AMR 35 ou Renault ZT


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AMR 35 ou Renault ZT
O AMR 35 ou Automitrailleuse de Reconnaissance 35 foi um tanque de combate leve de construção francesa, criado durante o período entre-guerras e utilizado até 1940 no serviço ativo na França e posterior a queda da França em 1940 pelos alemães em funções de combate contra os partisans (membro de uma tropa irregular formada para se opor à ocupação e ao controle estrangeiro de uma determinada área). A resistência checa usou 3 veículos capturados dos alemães durante o Levante de Praga em 1945. Foi uma evolução considerável em relação ao seu antecessor AMR 33.

Daimler Armoured Car Mk II


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Daimler Armoured Car Mk II
Outro veículo utilizado pelos ingleses foi o Daimler. O Daimler Armoured Car foi um carro blindado britânico de sucesso, que continuou em serviço nos anos 1950. Ele foi projetado para scouting, mas pode ser útil em “ações policiais”, como um tanque de rodas. A Daimler Armoured Car foi um desenvolvimento paralelo ao Daimler Dingo, um pequeno veículo blindado para papéis de scout. Uma versão projetada para ser maior sobre Dingo, equipado com a torre semelhante ao do tanque Mark VII e um motor mais potente. Como um carro batedor, incorporou alguns dos conceitos de design mais avançados da época e é considerado um dos melhores AFVs britânicos da segunda Guerra Mundial.

M5 STUART


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Tanque Leve M5
O M5 Stuart é uma extensão da linha original M3 Stuart de 1941 e trazido de volta pela realocação de suprimentos de guerra do exército americano. Essa iniciativa gerou o tanque leve Stuart modificado inicialmente conhecido como ”M4”, mas renomeado para M5 para se diferenciar do clássico tanque médio M4 Sherman. O sistema do novo tanque fornecem uma melhora na performance de corrida e redução de barulho, o novo design do casco trouxe maior proteção balística, a arma principal de 37mm M5/M6 foi preservada, assim como o uso da metralhadora M1919A4 e a tripulação. O M5 também poderia ser equipado opcionalmente com uma arma antiaérea Browning calibre 0.30, acoplada a torre, porém necessitando de um membro exposto para operá-la. Sua potência se aperfeiçoou para 296 cavalos, sua velocidade na estrada continuou a mesma do modelo M3, cerca de 60 km por hora, enquanto seu alcance operacional passou para 160 km de distância. Variantes do M5 atuaram bastante durante os anos da guerra, incluindo uma forma de tanque de comando com equipamento de comunicação aperfeiçoado e um modelo de reconhecimento sem torre armado unicamente com uma metralhadora pesada de calibre 0.50. – criado sob a designação ”T8”. Tanques lança-chamas também foram desenvolvidos, em que a metralhadora seria substituída por um lança-chamas.

M3 STUART


M3 Stuart
Tanque Leve M3
A rápida expansão alemã pela Europa alertou os americanos a desenvolverem um novo modelo de tanque leve, visto que os anteriores já haviam se tornado obsoletos, assim surge o M3 Stuart com design influenciado pelo seu predecessor tanque leve M2. Pressionado em serviço durante a guerra, o M3 Stuart se saiu bem inicialmente como veículo de suporte da infantaria ou como batedor rápido, mas foi rapidamente superado por novos modelos de tanques médios. Possuidor de um motor com potência de 250 cavalos, o veículo chegava a velocidade de quase 60 km por hora, com alcance operacional de 120 km. Projetado para permitir a tripulação de quatro pessoas – motorista, comandante, artilheiro e operador de rádio, tinha seu armamento centrado na arma de 37mm M5 (M6 mais tarde) e ainda uma metralhadora Browning M1919A4 calibre 0.30. Ademais, quatro metralhadoras adicionais foram instaladas, incluindo uma sobre a torre, na frente direita do casco e o par restante em estabilizadores laterais individuais ao longo da estrutura frontal do painel. A arma principal estabelecia uma montagem única em que poderia percorrer 20 graus para além da torre, isso deu alguma flexibilidade sem a necessidade de toda a torre se mover. No geral, o M3 tinha um design clássico de um tanque leve do período, utilizando muitos recursos de design estabelecidos visto em modelos concorrentes em outros lugares.

VICKERS MK VII (A17)/Tetrarch


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Tanque Leve Mk VII
Com o aumento das hostilidades na Europa, a Inglaterra viu a necessidade de aperfeiçoar seus aparatos militares, assim surge a ideia do tanque leve vickers. Seu casco tinha um design básico, com espaço para tripulação de três pessoas – motorista, comandante e operador de radio, a blindagem atingia entre 4mm e 14mm de espessura que permite proteção contra pequenas armas e fragmentos de metal. Seu principal armamento era um canhão QF 40mm instalado na torre, o que deu ao veículo um poder de fogo decente contra outros tanques leves, projeteis de 50 x 40mm poderiam ser carregados para prover um mix de ataques HE e AP se necessário. A metralhadora 7.92mm BESA foi montada coaxialmente a arma principal para ser usada como medida anti-infantaria.

O desenvolvimento de outros veículos, principalmente tanques médios, levou a obsolescência do Tetrarch, sendo útil pela sua velocidade e proezas anti-infantaria se limitando ao reconhecimento ou suporte de infantaria em ações de urgência. Contudo seu peso de pouco mais de 8 toneladas o tornou útil novamente como suporte de operações aéreas, o tanque poderia então ser preparado pela tripulação e lançado ao combate em planadores especializados onde sua velocidade e armamento poderiam chocar forças levemente despreparadas. Com a potência de um motor de 150 cavalos, o Tetrarch poderia atingir até 64 km por hora, com alcance operacional de 230km.

LT vz 38/PzKpfW 38(t)


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Lehký Tank vzor 38
Procurando aperfeiçoar as falhas iniciais do 35(t), o exército tcheco exigiu um novo modelo de tanque leve. O exército alemão ocupou a Tchecoslováquia quando a produção do tanque estava no auge, assim o 38(t) foi aceito pelo exército alemão sob o nome de PzKpfW 38(t), SdKfz 140.

Apesar de sua performance adequada inicialmente, rapidamente o armamento e a blindagem se tornaram obsoletos contra inimigos fortes. Os primeiros modelos do 38(t) contavam com uma estrutura rebitada, levando qualquer impacto direto a enviar esses rebites como balas para dentro da torre e do casco, um prejuízo letal para a tripulação. Assim, chapas soldadas foram introduzidas nos modelos mais novos, 25mm de blindagem extra trouxeram proteção frontal, resultando em 50mm de espessura no seu revestimento. Seu armamento consiste em um canhão de 37mm Skoda A7 montada na torre, também equipada com uma metralhadora 7.92mm. A arma principal poderia disparar tanto contra blindados (AP) ou alto-explosivo (HE) sendo determinado pelo comandante ou artilheiro segundo o alvo. Seu motor de 150 cavalos possibilitava uma velocidade máxima de 42 km por hora com alcance operacional máximo de 200km.

LT vz 35/PzKpfW 35(t)


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Lehký Tank vzor 35
O 35(t) é um tanque de origem checoslovaca, tendo inicialmente armado quase metade do corpo blindado alemão de 1940, sendo usado pela Wehrmacht em campanhas subsequentes. Seu design era convencional para a época, contudo utilizava um sistema de ar comprimido que ajudava o motorista na direção e a reduzir fadiga durante longas operações, dando ao tanque uma espécie de vantagem de alcance e velocidade sobre os demais contemporâneos. O casco, de construção rebitada media de 12mm a 35mm de espessura em blindagem e o tanque era tripulado por quatro pessoas – motorista, artilheiro que operava uma metralhadora 7.92mm ZB vz 35 (or ZB vz 37), o comandante e um operador de rádio. Seu armamento principal equipava a torre e consistia em um canhão de 37.2mm Skoda vz 34 acoplado com a metralhadora supracitada. Com um motor de 120 cavalos, o PzKpfW 35(t) poderia atingir velocidade máxima de 40 km por hora com alcance operacional de 193 km.

Char Léger modèle 1935 H


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Char Léger modèle 1935 H
De fabricação francesa e inicialmente designado para suporte da infantaria o H35 era um tanque leve convencional padrão dos anos 30, com suporte pra duas pessoas – motorista e comandante. Seu armamento era centrado em um canhão 37mm SA 18 como arma principal, mas que logo seria ineficaz contra os tanques alemães em sequência. A arma principal era apoiada por uma metralhadora 7.5mm Reibel que servia para defesa e anti-infantaria, ademais a torre oferecia rotação de 360 graus. A blindagem para a tripulação era medida em 40mm na torre e 34mm de espessura em outras partes do casco, com um motor de 78 cavalos conseguia chegar a velocidade de 17 milhas por hora com alcance operacional de 80 milhas.

O H35 foi utilizado em ação de combate em 1940 durante a invasão alemã na França, os proejetistas franceses acertaram na produção de tanques leves porém a falta de uso correto dos blindados no campo levou a perda ou captura de vários H35 para exército alemão. Deste modo, os alemães reconhecem um bom sistema quando o veem, e reconstituíram o veículo francês para uso próprio, por conseguinte o H35 se tornou o PzKpfW 35-H 734 (f) no inventário do exército alemão.

Panzerkampfwagen II Luchs

Ausf A – B – C
Pesando 9 toneladas, era humildemente blindado nas suas partes frontais (15mm no seu máximo), inúteis contra implementos antitanque e poderia atingir 25 milhas por hora com um alcance de 125 milhas, com potência de 140 cavalos. As diferenças entre os modelos se dão por sutis implementações na blindagem e potência.
Ausf F
Tornou-se a maior forma final de produção do Panzer II e foi designado como tanque de reconhecimento, era visualmente diferente de seus predecessores apresentando um casco frontal redesenhado e internamente equipado com blindagem adicional (35mm no seu máximo), seu peso de 11 toneladas forçou uma diminuição da sua velocidade, na estrada atingindo 34 milhas por hora com alcance máximo de 125 milhas, seu sucessor Ausf J apresenta progresso na blindagem que passa para 80mm na parte frontal e equipado com canhão automático Kw.K 38 L/55.
Ausf L/Luchs
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Panzerkampfwagen II Luchs
O panzerkampfwagen II Luchs também carrega a designação Pz.Kpf.W II, mas era um tipo de tanque essencialmente diferente designado especificamente para reconhecimento cross-country em alta velocidade. Mantêm um design exterior diferente comparado a outras derivações de Panzer II, além de abrigar um motor de 180 cavalos de potência e pesar 12.79 toneladas. O Luchs também poderia abrigar quatro pessoas (motorista, comandante, artilheiro oficial e operador de rádio), podendo atingir 37.7 milhas por hora. Armado com um canhão automático de 20mm ligado a uma metralhadora 7.92mm com pontaria a distância realizada através da mira óptica.

PANZER II


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Panzerkampfwagen II
O Panzer II originou-se primeiramente como uma exigência do departamento militar a
lemão, dessa vez propondo o desenvolvimento de um tanque leve de 10 toneladas, armado com canhão de 20mm e metralhadoras 7.92mm, que também seria apresentado sob o disfarce agrícola por causa do tratado de Versalhes.

Seu armamento foi sutilmente aprimorado em comparação as metralhadoras do Panzer I, o Panzer II equipava-se com um poderoso canhão automático 20mm Kw.K 30 L/55 (ou Kw.K 38 L/55) à esquerda da torre e uma metralhadora 7.92mm MG34 na parte direita para defensa anti-infantaria. O canhão automático foi estranhamente limitado a fogo automático total, resultando na prática padrão de disparar a arma em rajadas controladas. A mira era efetuada através de pontos de referência fixos ao longo da arma, ou através de um telescópio óptico 2.5. De pouca potência, com blindagem fraca e armamento leve como o seu anterior Panzer I, o Panzer II experimentou altas dificuldades no campo de batalha devido principalmente a armamentos antitanque.

PANZER I

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Panzerkampfwagen I
Com o tratado de Versalhes a produção de elementos de batalha estava negada, o que levaria a Alemanha a fazê-lo secretamente. Ademais da crise pós fim da primeira guerra e crise de 1929, os recursos econômicos alemães não o possibilitavam grandes investimentos, partindo então para a produção de tanques leves que poderiam ser feitos em grandes quantidades e por um preço relativamente baixo. Assim, uma exigência oficial foi apresentada para obter um novo tanque leve sob o limite de peso de 5 toneladas que pudesse também servir nos treinamentos das equipes (considerando que pela restrição ao uso de tanques no tratado, treinamentos eram realizados com veículos cobertos de lona). Deste modo, entregue sob o disfarce de implemento agrícola surge o Trator Krupp (nome da empresa criadora), sendo oficialmente renomeado pelo exército alemão de Pz.KpfW I Ausf. A (Sd.Kfz. 101) ou ainda Panzer I, em abril de 1936.
Com o tratado de Versalhes a produção de elementos de batalha estava negada, o que levaria a Alemanha a fazê-lo secretamente. Ademais da crise pós fim da primeira guerra e crise de 1929, os recursos econômicos alemães não o possibilitavam grandes investimentos, partindo então para a produção de tanques leves que poderiam ser feitos em grandes quantidades e por um preço relativamente baixo. Assim, uma exigência oficial foi apresentada para obter um novo tanque leve sob o limite de peso de 5 toneladas que pudesse também servir nos treinamentos das equipes (considerando que pela restrição ao uso de tanques no tratado, treinamentos eram realizados com veículos cobertos de lona). Deste modo, entregue sob o disfarce de implemento agrícola surge o Trator Krupp (nome da empresa criadora), sendo oficialmente renomeado pelo exército alemão de Pz.KpfW I Ausf. A (Sd.Kfz. 101) ou ainda Panzer I, em abril de 1936.
O Panzer I Ausf. A foi o primeiro desenvolvimento de tanque alemão no período pós-primeira guerra. Seu sistema reduzido possibilitava a tripulação de apenas duas pessoas – um motorista e um comandante –. Enquanto o motorista localizava-se na parte frontal do tanque, o comandante ocupava a torre, armada com metralhadoras 2 x 7.92mm. Sua blindagem era mínima, feita para suportar impactos diretos de pequenas armas de fogo e um pouco mais, a espessura de sua blindagem era de pouco mais de meia polegada na melhor das hipóteses. Apresentava cinco rodas laterais para aderência, cada uma envolta em borracha e rodas dentadas localizadas na parte frontal de cada esteira. Seu peso operacional foi listado em 5,9 toneladas, podendo exercer velocidade máxima de 38 quilômetros por hora, com alcance operacional de 135 km cross-country e 200 km em estrada.
Embora de certa forma tenha falhado como veículo de combate,já obsoleto no início da guerra, o Panzer I começou uma linha de tanques utilizados pelo exército alemão na guerra, cada qual se desenvolvendo mais, porém todos com a mesma origem.

Transportes Blindados

Transportes blindados são veículos leves de combate, protegidos por uma armadura forte, que combinam com a mobilidade operacional, a ofensiva tática e capacidades defensivas. Podem ser com rodas ou lagartas e geralmente são armados. São classificados de acordo com sua função pretendida no campo de batalha e as características. Esta classificação não é absoluta, mas são historicamente utilizados para reconhecimento, segurança interna, escolta armada e outras tarefas subordinadas no campo de batalha.
O nível de blindagem de veículos varia muito. Um tanque de guerra é normalmente projetado para resistir a ataques de armas de outros tanques e mísseis anti-tanque, enquanto veículos de reconhecimento geralmente possuem blindagem mais leve. A armadura mais pesada proporciona uma melhor proteção, mas em contrapartida, torna os veículos menos móveis, limita sua transportabilidade, aumenta o custo, consome mais combustível e pode limitar os lugares acessíveis. Por exemplo, muitas pontes podem ser incapazes de suportar o peso de um tanque de guerra.
O armamento desses veículos pode variar de acordo com suas funções. Veículos mais leves para o transporte de infantaria, reconhecimento ou funções especializadas podem ter apenas um canhão ou metralhadora (ou nenhum armamento), ao passo que artilharia pesada de auto-propulsão transporta armas pesadas, morteiros ou lança foguetes . Estas armas podem ser fixadas diretamente ao veículo, ou colocadas na torre ou cúpula dos veículos.
Podem ser divididos em três tipos principais: veículos blindados de transporte pessoal, veículos de combate de infantaria e veículos de mobilidade de infantaria. A principal diferença entre os três é o papel a que se destinam. Veículos blindados de transporte pessoal são veículos lagarta projetados exclusivamente para o transporte de tropas e está armado apenas para autodefesa, ao passo que os veículos de combate de infantaria são projetados para fornecer apoio de fogo e proteção para a infantaria que ela carrega. Os veículos de mobilidade de infantaria são veículos blindados de transporte pessoal, porém com rodas, servindo como patrulha militar, reconhecimento ou veículo de segurança. Os veículos blindados de transporte pessoal mais conhecidos durante a Operação Market Garden foram os britânicos Bren Universal Carrier, Loyd Carrier e Kangaroo; os americanos M2 e M3 Half-Track Car; e os alemães Sd.Kfz. 250 e Sd.Kfz. 251.
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Bren Universal Carrier
O Bren Universal Carrier surgiu a partir de um design aperfeiçoado do Bren Carrier e do Scout Carrier e entrou para a Segunda Guerra Mundial em 1940. O veículo foi amplamente utilizado pelas forças da Commonwealth britânica durante a guerra. Eram geralmente usados para o transporte pessoal e de equipamentos, principalmente armas de apoio, ou como plataformas de metralhadoras.
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Loyd Carrier
O Loyd Carrier foi um dos principais transportes blindados usados pelas forças britânicas da Commonwealth na Segunda Guerra Mundial para o transporte de equipamentos e homens sobre o campo de batalha. Ao lado do Bren, ele também transportava armas de apoio de infantaria e rebocava armas pesadas como canhões anti-tanque.
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M3 Half-Track
O M3 Half-Track Car foi derivado do modelo anterior M2. O M3 era maior e mais longo em comparação com o M2, este originalmente destinado a funcionar como um trator de artilharia, já o M3 tinha uma porta de acesso único na parte traseira e assento para um pelotão com 12 homens armados. Em 1943, o M3 serviu na Sicília e na Itália e recebeu relatórios positivos referentes à sua ação. Entrou em serviço em 1944 na Operação Overlord e serviu na Europa o resto da guerra. Era capaz de receber várias modificações como ter montados no compartimento de transporte canhões de artilharia 105mm, morteiros, e armas antiaéreas Maxson M33.
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Sd. Kfz. 251
Para a Alemanha, O Sd.Kfz. 251, além de suas variações, é um veículo militar de meia-lagarta, construído pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Era construído a partir do chassi de um caminhão normal, mas utilizava de lagartas ao invés de rodas traseiras, o que deu a este veículo uma grande capacidade de mobilidade. Geralmente, possuía uma metralhadora de saturação Machinengewehr MG 34 montada no teto, sendo que alguns veículos, em especial nas Ardenas, também foram equipados com um canhão antiblindagem PzB 41.

M4 Sherman Jumbo


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M4 Sherman Jumbo
O M4 Jumbo foi uma modificação do tanque médio americano M4 Sherman. Vendo a necessidade de um tanque para romper com as linhas inimigas, mas sem um modelo de tanque pesado em produção, os americanos improvisaram uma solução rápida nos chassis do M4 Sherman padrão. O tanque foi reequipado com  blindagem extra, o que dava a sua blindagem frontal 178mm de espessura, capaz de resistir ao fogo dos armamentos antitanque alemães como o Flak 36 (88mm), até mesmo o Tiger não conseguia penetrar sua armadura frontalmente. Mas o peso excessivo comprometeu sua mobilidade e elevou consideravelmente seu consumo de combustível, diminuindo tanto a velocidade com o alcance operacional do veículo. O M4 Jumbo possuia como armamento principal um canhão de 76mm e uma metralhadora Browning M2 .50 e duas metralhadoras Browning M1919 .30 como armamentos secundários.

PzKpfw VII Tiger II

King Tiger
PzKpfw VII Tiger II
O Tiger II ou também conhecido por King Tiger, foi o sucessor do Tiger I, combinando a blindagem pesada do Tiger I com o novo conceito de blindagem angular do Panther, maximizando sua proteção contra fogo inimigo. Ele possuía um canhão KwK 43 de 88mm como armamento principal e duas metralhadoras MG 34 como secundário. Uma blindagem frontal efetiva de 150 mm a 50° e uma blindagem lateral de 80 mm a 25°. O King Tiger possuía uma armadura extremamente pesada e de difícil penetração, além de um longo alcance. Enquanto uma virtual fortaleza, suas desvantagens eram a baixa mobilidade e a pouca visibilidade, sendo facilmente flanqueado por pequenos veículos ou infantaria, que então se aproveitavam da blindagem vulnerável na traseira para destruir o motor, e consequentemente, o tanque. Apesar disso o fogo oponente em sua blindagem frontal praticamente não causava danos ao tanque, nem mesmo as munições mais potentes da época, designadas para atravessar a blindagem pesada conseguiam passar por ele, e somente tiros precisos nas partes vulneráveis tinham o efeito desejado.

PzKpfw VI Tiger I


German tank "Tiger IÈ Ausf 1 of Hauptmann Lange
PzKpfw VI Tiger I
O Tiger I ou Panzer VI Tiger foi uma maravilha da engenharia alemã, mas era extremamente caro de se produzir, pois tinha uma mecânica e parte elétrica muito complexa, além de um uso intensivo de trabalho em sua produção. Seu alcance operacional era limitado por seu alto consumo de combustível e, apesar de problemas na esteira principalmente, o que tornava vulnerável à imobilização. O Tiger I possuia um canhão KwK 36 de 88mm como armamento principal, duas metralhadoras MG 34 como secundários. Ele possuía uma blindagem frontal de 100 mm e blindagem lateral de 60 mm, além de uma blindagem extra de 80mm a estrutura do tanque. O principal problema do Tiger I se encontrava em sua suspensão, o peso do tanque era muito elevado o que dificultava sua locomoção, sendo assim, ele foi muito utilizado como defesa estática, camuflando sua posição para emboscar os oponentes.

PzKpfw V Panther


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PzKpfw V Panther
O Panther ou Panzer V, foi desenvolvido para se opor ao T-34 Soviético, um dos tanques mais efetivos e eficientes da Segunda Guerra, a intenção era também que o Panther substituísse os Panzer III e IV. A blindagem frontal do Panther era de 80mm, mas como era colocada em um ângulo de 35°, isso dava uma blindagem efetiva de 140mm, sua blindagem lateral era de 40mm. A blindagem angulada foi copiada diretamente do T-34 e esse foi o primeiro tanque alemão à implementar esse novo conceito. Seu armamento principal era um canhão KwK 42 de 75mm, além disso, era equipado com duas metralhadoras MG 34. Atingia uma velocidade de 46 km/h e um alcance operacional de 250km. O Panther possuía um custo de produção pouco mais elevado do que o Panzer IV, o que era compensado por seu poder de fogo e armadura frontal. Ele se mostrou muito eficaz no combate em campos abertos e enfrentamentos longos, mas não possuía capacidade explosiva suficiente em seu poder de fogo para combater a infantaria, além de possuir uma blindagem lateral muito vulnerável.

Churchill Mk VII


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Churchill Mk VII
O Churchill é um dos tanques aliados mais pesados, conhecidos por sua blindagem pesada, um longo chassi e a habilidade de escalar encostas muito íngremes. O tanque Churchill era um tanque de infantaria britânico muito utilizado e que recebeu diversas versões e especificações para cumprir diferentes papeis no campo. Os tanques Churchill de Mk I à Mk VI, possuiam uma blindagem frontal de 102mm, e blindagem lateral de 89mm, as versões de Mk. VII e Mk. VIII possuiam uma blindagem frontal de 152mm e lateral de 95mm. O armamento principal das versões Mk. I e II foram um canhão QF de 2 libras, das versões Mk. III e Mk. IV um canhão QF de 6 libras, das versões Mk. VI e Mk. VII um canhão QF de 75mm e as versões Mk. V e Mk. VIII um canhão QF de 95mm. Todos eles possuíam duas metralhadoras Besa de 7.92mm como armamento secundário, exceto pelo Mk. I, que possuía um morteiro de três polegadas, todas as versões do Churchill alcançavam em média 25 km/h.
Os tanques Churchill modificados para veículos especializados, os principais são: o Churchill AVRE (Armoured Vehicle Royal Engineers), diversos tanques Mk. III e Mk. IV foram modificados para o AVRE, substituindo o armamento principal pro um morteiro de 290mm; O Churchill ARV (Armoured Recovery Vehicle), eram tanques Churchill a qual fixava a torre e substituía o armamento principal por um falso, além disso possuía um guincho frontal com uma capacidade de levantar 7.5 ton., um traseiro capaz de elevar 15 ton. e rebocar 25 ton; O Churchill ARK (Armoured Ramp Carrier), eram tanques Mk. II e Mk. IV sem torre que possuiam rampas em ambos os lados, capaz de formar uma ponte móvel; E o Churchill Crocodile era um Mk. VII que substituía o armamento principal por um lança-chamas.