sábado, 28 de abril de 2018

SdKfz 2 kleines Kettenrad


O Sonderkraftwagen (veículo especial) 2 kleines Kettenrad (half-track) foi desenvolvido inicialmente para o Exército Alemão e para unidades aerotransportadas e paraquedistas da Luftwaffe. Foi originalmente designado para ser um veículo rebocador de armas anti-tanque para unidades aerotransportadas. O primeiro destes veículos entrou em serviço em 1941. O modelo inicial de serviço era o NSU-101, um pequeno mas complexo veículo que podia levar até três pessoas, incluindo o motorista. O motor localizava-se embaixo e atrás do motorista. Além de peças de artilharia o veículo também podia rebocar um trailer projetado especialmente para ele que era capaz de levar combustível e munição.
Após a invasão de ilha de Creta por paraquedistas alemães, seu uso para rebocar peças de artilharia ja não era muito necessário e passou a ser utilizado como um veículo de transporte de suprimentos. O Kettenrad podia atravessar terrenos aparentementes instransponíveis, mas levava poucos suprimentos e rebocava até 450kg. Como poucos Kettenrads foram construídos, seu uso era reservado para missões de extrema dificuldade.

Soldados britânicos em um Kettenrad capturado.

A esta altura, havia uma proposta de se construir uma versão maior conhecida por HK102. Esta versão teria um motor maior e seria capaz de levar até cinco pessoas e levar mais carga. Mas em 1944 foi decidido que o Kettenrad era um caro luxo e que Exército Alemão não mais arcaria com as despesas de sua produção, o Kettenred então parou de ser produzido. O Kettenrad serviu até o fim da guerra. Havia duas versões, uma de alta velocidade que levava os cabos de telefones entre postos de comando e as frentes de batalha conhecida como SdKfz 2/1 e o SdKfz 2/2 que levava cabos pesados para quadros de distribuição.

Especificações do SdKfz 2

Tripulação: 3 
Peso
: 1.200kg
 
Dimensões
: comprimento: 2,74m; largura: 1m; altura: 1,01m
 
Performance
: velocidade máxima em estrada: 80km/h
 
Armamento
: nenhum

SdKfz 9 Schwerer Zugkraftwagen


De longe, o maior halftrack da Segunda Guerra Mundial, o grande SdKfz 9 Schwerer Zugkraftwagen 18T teve sua origem num requerimento de 1936 para um veículo pesado de recuperação que apoiasse as formações dos tanques Panzers e rebocasse os tanques com problemas. O contrato para o desenvolvimento do veículo foi ganho á empresa Famo Fahrzeugwerke und Motorwerke AG, localizada em Breslau, e tornou-se a única empresa a produzí-lo. O primeiro deles apareceu em 1936, o FM gr 1, logo, mais dois ficaram prontos, o FM gr 2 e o FM gr 3, que utilizavam motores maiores e mais fortes.

No fim, a versão rebocadora e a versão de apoio foram produzidas. A versão rebocadora era o SdKfz básico, que era utilizado para rebocar peças de artilharia extremamente pesadas e peças para construção de pontes. Entre as armas rebocadas pelo SdKfz 9 estavam o K3 de 24cm, o K38 de 21cm da Krupp e muitos outros Skoda. A Luftwaffe utilizava alguns destes veículos para rebocar o Flak 40 de 12,8cm. Havia uma única versão que carregava um Flak 37 de 8,8cm, este veículo tinha a cabine reforçada. As laterais da plataforma traseira podiam ser dobradas para servirem de plataforma para a equipe trabalhar.


As versões de recuperação apareceram em duas formas, o SdKfz 9/1 e oSdKfz 9/2. O SdKfz 9/1 tinha um guindaste capaz de erguer até 6.000kg, mas algumas vezes essa capacidade era insuficiente para algumas tarefas. O SdKfz 9/2 foi produzido com a capacidade de erguer 10.000kg. Apesar destes veículos serem capazes de lidar até com PzKpfw IV eles não podiam lidar com os tanques mais pesados como o Panther e o Tiger. Ao menos dois SdKfz destes eram necessários para recuperar um tanque Tiger em algumas situações. A única saída era desenvolver um novo veículo para estas tarefas. O Bergerpanther foi a resposta.

A produção do SdKfz cessou em 1944, que, em suas últimas versões utilizava o mesmo motor Maybach utilizados nos tanques PzKpfw IV. Um SdKfz 9 custava 60.000 Reichsmarks, enquanto que um tanque Panther custava 117.000 Reichsmarks.

Especificações do SdKfz 9

Peso: 18.000kg
Motor: um motor Maybach HL V-12 desenvolvendo 250hp
Dimensões: comprimento: 8,25m; largura: 1,60m; altura: 2,76m
Performance: velocidade máxima na estrada: 50km/h
Armamento: nenhum

Um vídeo sobre o SdKfz 9 em inglês.

Maultier


O primeiro inverno na guerra contra a União Soviética mostrou aos Alemães que seus caminhões eram inadequados para lidar com as condiçoes do inverno russo. Sob a condição de barro e neve, somente os halftracks conseguiam seguir adiante. Como os halftracks eram equipamentos muito caros, foi decidido produzir uma versão de baixo custo. Isso foi realizado ao pegarem caminhões Opel e Daimler-Benz das linhas de produção e retirarem seus eixos traseiros e os substituirem pelas esteiras do mesmo modelo do Panzer II. Este novo halftrack foi chamado de Maultier (mula). Apesar de não ser tão bom quanto um verdadeiro halftrack ele saiu-se bem nas suas tarefas diárias de entrega de suprimentos e seu uso foi confinado ao front oriental.

Mais tarde, a partir do Maultier, foi desenvolvido o Nebelwerfer que era utilizado com uma bateria de lançamento de foguetes e em 1942 foi decidido que todas as formações de Panzers deveriam ter suas unidades de foguetes. Os primeiros Nebelwerfer usavam lançadores rebocáveis mas para que pudessem manter-se com os Panzers um modelo autopropulsado foi desenvolvido. Este modelo tinha a cabine blindada. Havia espaço para disparar 10 foguetes de 15cm.

Especificações do Maultier (lançador de foguetes) 

Tripulação
: 3
 
Motor
: 6 cilindros 

Dimensões
: comprimento: 6,0m; altura: 2,5m; largura: 2,2m
 
Performance
: velocidade máxima na estrada: 38km/h
 
Armamento
: um lançador de foguetes de 15cm Panzerwerfer 42

Churchill Crocodile


A primeira especificação para um tanque lança-chamas foi feita no início de 1938, ainda que não existisse um departamento de pesquisa para lidar com fogo. Algumas tentativas desordenadas levaram a um número de modelos experimentais, mas nada definitivo foi alcançado até a criação de um Departamento de Petróleo e Guerra (Petroleum Warfare Department), e então algum trabalho mais definido começou. O PWD concentrou-se num tipo de projetor que utilizavahidrogênio comprimido para propelir o jato de combustível.

O Crocodile (Crocodilo) foi designado para ser utilizado junto do tanque de infantaria Churchill, por este motivo, Churchill Crocodile. Quando ele apareceu pela primeira vez em 1942 uma mudança na política do Gabinete de Guerra disse que não havia mais um requerimento oficial para um tanque lança-chamas, o trabalho apesar disso seguiu em frente. Em Abril de 1943 uma nova mudança nas políticas desejava a volta do Crocodile mais uma vez e em Agosto de 1943 um requerimento de 250 foi posto, estes veículos deveriam equipar as unidades que desembarcariam na Normandia.

A ordem foi emitida apesar do fato de que nenhum teste com as tropas foi realizado. No plano inicial os Crocodiles deveriam ser montados nos tanques Churchill Mk IV, mas a maioria foi instalado nos tanques Mk VII. A parte principal do Crocodile era instalada sobre um reboque de duas rodas puxado pelo tanque Churchill e conectado a ele por uma junta universão pela qual o combustível pressurizado tinha que passar. O prjetor localizava-se na frente do tanque instalado no lugar da metralhadora. A metralhadora de 75mm e a metralhadora da torre eram guardadas para serem utilizadas como em um tanque normal se necessário. O reboque podia ser ejetado quando vazio ou se necessário. O reboque continha combustível e gás comprimido sufuciente para produzir 80 segundos de chamas e o alcance operaional era de 73 metros, apesar de que em condições favoráveis o alcence chegava a 110 metros.

Um tanque Sherman americano equipado com o Crocodile.
O Churchill Crocodile entrou em ação pela primeira vez no Dia-D, 6 de Junho de 1944. Desde então eles forem utilizados em todos os teatros de operações e acabaram se tornando armas muitos efetivas. Havia planos de utilizarem Crocodiles em tanques Sherman dos Estados Unidos, embora que algum trabalho tenha sido feito, apenas 6 foram construídos e apenas 4 entraram em serviço na Europa.

Pela época, 800 Crocodiles haviam sido produzidos. O principal usuário do Exército Britânico era a 79º Divisão de Blindados. Assim que a guerra acabou, a maioria foi retirado de serviço.

T-35

T-35


O tanque T-35 foi um dos maiores fracassos dos projetistas soviéticos. Teve sua origem em estudos iniciados no ano de 1930 e seu primeiro protótipo ficou pronto em 1932. Em aparência e em outros muitos aspectos ele era bastante influênciado por um tanque da British Vickers Independent. 

Apesar de haver mudanças entre as diversas linhas de produção, os tanques da principal linha de produção entre 1935 e 1938 eram mais longos que os originais. Era bastante difícil coordenar, mirar e disparar as cinco torres e a efetividade do armamento era limitada devido ao baixo calibre da arma principal. As torres e a arma principal eram as mesmas utilizadas no tanque T-28. A blindagem variava entre 10mm e 30mm.


A produção do T-35 era lenta se comparada com a produção de outros tanques soviéticos da época. Apenas 61 unidades foram produzidas entre 1933 e 1939 e todos estes tanques serviam em uma única brigada localizada próxima de Moscou. Serviam mais como uma propaganda política, pois regularmente participavam de paradas militares na Praça Vermelha e davam uma falsa impressão da força dos tanques soviéticos. Os massivos veículos davam uma incrível impressão mas eram bem diferentes em serviço.

Quando o T-35 teve de ir para a Guerra em 1941, apenas alguns viram serviço, porque a maioria ficou retido em Moscou para defesa. Parece não haver registros de algum T-35 em ação nos arredores de Moscou mas os poucos outros que tentaram barrar o avanço Alemão não se saíram bem. Por serem poucos blindados e lentos, eram presa fácil para os Panzers.

Especificações do T-35

Tripulação: 11
Peso: 45 toneladas
Motor: um motor M-17M V-12 desenvolvendo 500hp
Dimensões: comprimento: 9,72m; largura: 3,2m; altura: 3,43m
Performance: velocidade máxima: 30km/h; alcance máximo: 150km
Armamento: uma arma de 72,6mm, duas armas de 42mm e cinco ou seis metralhadoras de 7,62mm

Matilda Mk I e Mk II

Matilda Mk I e Mk II


Uma ordem para um tanque de infantaria foi emitida pela primeira vez em 1934 e o resultado foi o All Infantry Tank Mk I, que mais tarde foi apelidado de Matilda. Era um tanque simples e pequeno para dois tripulantes com blindagem suficiente para enfrentar qualquer arma antitanque do período. A torre era equipada com uma metralhadora Vickers de 7,7mm enquanto que a propulsão era fornecida por um motor V8 fabricado pela Ford. Em Abril de 1937 foi emitido um pedido de 140 unidades. Quando posto em combate na França em 1940 ele mostrou todos os seus defeitos: era lento demais e estava pouco armado para qualquer tipo de combate entre blindados. As unidades que sobreviveram após Dunquerque foram utilizadas apenas para treino.

Em 1936 se iniciou o projeto para o Matilda Mk II. Terminado em 1938, o Matilda Mk II era um tanque maior que o Matilda Mk I, com espaço para quatro tripulantes, blindagem capaz de suportar qualquer arma antitanque da época e equipado com uma arma principal de 40mm. Era um tanque lento, mas isso não era um problema já que foi projetado para fornecer suporte para infantaria, onde a velocidade não era o essencial. Apesar de ser levemente armado, era um bom veículo em combate. Outra versão do Matilda Mk II, o Mk IIA era equipado com metralhadoras Besa de 7,92mm ao invés das metralhadoras Vicker.

Apesar de encontrar seus primeiros combates na camapanha francesa em 1940, o período principal do Matilda foi na campanha norte africana, onde era efetivo contra os tanques alemães e italianos com exceção do famoso canhão de 88mm. Até a Batalha de El Alamein o Matilda foi o blindado principal utilizado pelos britânicos, até começar ser ultrapassado por novos blindados melhores armados e mais rápidos. Sua importância não diminuíu pois passou a ser utilizado em operações especiais.

O Matilda Baron e o Matilda Scorpion desempenharam um importante papel ao serem utilizados para limparem campos minados. Outra variação era o Matilda CDL (Canal Defense Light) equipado com um poderoso holofotote. O Matilda Dozer era uma versão equipada com lâminas de trator para uso de engenharia. Outros eram equipados com lança-chamas, conhecidos como Matilda Frog. Não só os britânicos puderam usufruir deste blindado, os australianos também utilizaram esses veículos e suas armas em Nova Guiné e em diversos outros lugares, até 1945. Os alemães também se utilizaram de diversos Matildas capturados. Os soviéticos receberam 1.084 Matildas que serviram desde a Batalha de Moscou até serem dispensados em 1942.

O primeiro Matilda foi produzido em 1937, mas quando a guerra começou apenas dois estavam prontos. 2.987 foram produzidos pela Vulcan Foundry, John Fowler & Co, Ruston & Hornsby, London, Midland and Scottish Railway e North British Locomotive Company. O último foi entregue em Agosto de 1943.


Especificações do Matilda Mk I


Tripulação: dois (comandante/atirador, motorista)
Peso: 11.176,5kg
Motor: Ford V8 de 80 cavalos
Blindagem: 10-60mm
Dimensões: comprimento: 4,85m; largura: 2,28m; altura: 1,86m
Performance: velocidade: 12,87km/h; velocidade off-road: 9km/h; alcance: 130km


Especificações do Matilda Mk II


Tripulação: quatro (comandante/atirador/motorista/carregador)
Peso: 25.000kg
Motor: dois motores Leyland de 6 cilindros desenvolvendo 95bhp cada ou dois motores AEC desenvolvendo 87bhp cada
Blindagem: 20-78mm
Dimensões: comprimento: 6m; largura: 2,6m; altura: 2,5m
Performance: velocidade: 24km/h; velocidade off-road: 12,9km/h; alcance: 257km

Panzerjäger I

Panzerjäger I


Quando o primeiro tanque leve PzKpfw I (Panzerkampfwagen I) foi produzido em 1934, a intenção era utilizá-lo como um veículo de treinamento, mas nos primeiros anos da guerra, como muitos tanques pesados ainda não estavam disponíveis em muitos números, o PzKpfw foi utilizado em combate. O Pzkpfw tinha apenas dois homens na tripulação, uma blindagem muito leve e uma metralhadora, por isso, em 1940, todos já haviam sido retirados de combate, mas eram ainda utilizados para treinamento. Muitos tanques ficaram sem serviço, até que veio a oportunidade de converter estes tanques na primeira arma autopropulsada alemã.

Já havia sido decidido que alguma forma de arma antitanque seria de grande vantagem para unidades antitanque, que, de outra maneira, utilizavam armas rebocadas. O primeiro projeto apresentava uma Pak 35/36 de 37mm montada em um PzKpfw sem torre. Apesar desta versão parecer promissora, ela não foi aceita. Na metade de 1940 foi requerido uma arma de maior calibre, pois consideravam a arma de 37mm fraca contra futuras blindagens. Uma arma tcheca antitanque de 47mm foi montada no tanque, que passou a designar-se de Panzerjäger I für 4,7cm Pak.


A arma tcheca era forte e capaz de atravessar a maioria das blindagens encontradas. A Alkett AG produziu um total de 132 unidades. A arma era montada em um pequeno escudo que era aberto em cima e atrás. A tripulação consistia do motorista, ainda na posição original do PzKpfw I, e dois homens operando a arma. No padrão, um total de 74 projéteis podiam ser carregados.

O destruidor de tanque PanzerJäger I viu serviço no norte da África e nos estágios iniciais da campanha contra a União Soviética. Eles provaram-se fortes o bastantes para derrotar tanques inimigos, mas a sua falta de proteção para a tripulação o tornou um alvo vulnerável. Assim, após o Exército Alemão estar melhor equipado, o Panzerjäger foi retirado das linhas de frente e enviado a missões de policiamento. Muitos serviram nos Bálcãs contra revoltosos. Em 1942, no front Oriental, muitos tiveram suas armas removidas e eram utilizados como veículos de transporte. Alguns utilizavam armas francesas de 47mm capturadas. Poucos Panzerjäger permaneceram em serviço após 1944.

Especificações do Panzerjäger I

Tripulação: 3
Peso: 6.000kg
Motor: um motor Maybach NL 38, 6 cilindros, desenvolvendo 100hp
Dimensões: comprimento: 4,14m; largura: 2m; altura: 2,1m
Performance: velocidade máxima: 40km/h; alcance: 140km

SU-76

SU-76


Durante os dias de desespero de 1941 o Exército Ve
rmelho perdeu tanto material que os projetistas soviéticos foram forçados em ter como prioridade a produção em massa e tiveram de acabar com diversas linhas de produção de certos equipamentos e selecionar apenas alguns tipos para seguirem em produção. Um desses que continuou em produção foi o ZIS-3 de 76,2mm que além de uma excelente peça de artilharia era um ótimo destruidor de tanques.


Os eventos de 1941 mostraram aos Soviéticos
 que seus tanques leves eram inúteis e foram retirados de serviço e de produção. No momento havia em andamento a produção do tanque leve T-70 mas foi decidido convertê-lo na arma ZIS-76 e utiliza-lo como uma arma antitanque. Assim nasceu o SU-76 (Samokhodnaya Ustanovka). A conversão para receber a arma de 76,2mm e os 62 cartuchos de munição era bastante simples mas o chassi do T-70 teve de ser aumentado e rodas extras foram adicionadas para sustentar o peso. Os primeiros modelos tinham a arma montada no centro do veículo mas os modelos seguintes tinham a arma localizada na esquerda. A blindagem chegava a 25mm.


Foi em 1942 que os primeiros SU-76 ficaram prontos mas só em 1943 eles encontravam-se no Exército Vermelho em grandes números. Por volta dessa época o ZIS-3 ja era inútil contra as blindagens cada vez mais espessas dos Alemães e o SU-76 foi gradualmente direcionado ás formações de infantaria do Exército Vermelho. Um novo tipo de munição o transformou em uma excelente arma antitanque mas ao fim da guerra sua produção estava chegando ao fim em favor de armas com maiores calibres. Muitos SU-76 tinham as armas removidas e eram utilizados como rebocadores de artilharia, em transportes de munição e em recuperação de veículos. Alguns eram equipados com armas anti-aéreas.


Após 1945 os SU-76 foram utilizados por nações como a China eCoréia do Norte e viu serviço na Guerra da Coréia. Outros foram parar nas forças armadas dos países do Pacto de Varsóvia. No Exército Soviético o SU-76 era conhecido como Sukami (vagabunda).

Especificaçõ0es do SU-76 

Tipo
: arma autopropulsada
 
Tripulação
: 4
 
Peso
: 10.800kg
 
Motor
: dois motores GAZ de seis cilindros cada um e desenvolvendo 70hp por motor
 
Dimensões
: comprimento: 4,88m; largura: 2,73m; altura: 2,17m
 
Performance
: velocidade máxima na estrada: 45km/h; alcance: 450km
 
Armamento
: uma arma de 76,2mm e uma metralhadora de 7,62mm

Brummbär

Brummbär


Apesar do sucesso das armas de assalto StuG III, elas tiveram suas blindagens consideradas muito leves para missões de assalto e um novo tipo de veículo de assalto era necessário. Os equipamentos autopropulsados sIG 33 tinham uma leve blindagem e os tanques PzKpfw IV estavam sendo gradualmente substituídos pelos tanques Tiger e Panther, aí estava a chance de se produzir um novo veículo utilizando o PzKpfw IV como base.

Os primeiros modelos deste veículo apareceram em 1943 sob o nome Sturmpanzer N Brummbär (urso pardo). O Brummbär tinha uma estrutura formada por placas inclinadas montadas na frente de um PzKpfw IV. Este obus era conhecido como Sturmhaubtize 43 e era uma versão mais curta do sIG 33 de 15cm. Era blindado por todos os lados e na frente a blindagem chegava a 100mm, assim os tripulantes ficavam bem protegidos. Mais tarde, mais blindagem foi acrescentada e uma cobertura de zimmerit, que impedia que cargas explosivas fossem presas na estrutura, foi adicionada. Em modelos produzidos mais tarde havia uma metralhadora montada na frente.


Um dos compartimentos do Brummbär podia armazenar até 38 cartuchos de 15cm. O comandante sentava-se atrás do obus utilizando um telescópio para selecionar alvos. Dois homens eram responsáveis pela arma e pelo recarregamento dela e outro era responsável pela mira e disparo. O motorista sentava-se na esquerda. A maioria dos alvos eram alvejados por fogo direto mas também havia provisão para fogo indireto.

Cerca de 313 Brummbär foram produzidos e a maioria foi usada em suporte direto de Panzergrenadiers e unidades de infantaria. O veículo movia-se adiante com as primeiras ondas de ataque e fornecia fogo para destruir fortificações. A infantaria tinha de permanecer por perto para prevenir inimigos destruidores de tanques de chegarem muito perto do Brummbär, que era muito vulnerável à armamentos antitanque de curto alcance, especialmente porque algumas partes de sua blindagem lateral tinham somente 30mm de espessura.

O Brummbär era um ótimo armamento, que fornecia o suporte necessário para as formações de infantaria. Por outro lado, ele era pesado demais e os primeiros modelos careciam de blindagem adequada mas tinham um poderoso obus.

Especificações do Brummbär

Tipo: obus pesado autopropulsado de assalto
Tripulação: 5 homens
Peso: 28.200kg
Motor: um Maybach V-12 desenvolvendo 265hp
Dimensões: comprimento: 5,93m; largura: 2,88m; altura: 2,52m
Performance: velocidade máxima na estrada: 40km/h; alcance máximo: 210km
Armamento: um obus de 15cm e uma ou duas metralhadoras de 7,92mm

ZiS-30

ZiS-30


O ZiS-30 era uma arma antitanque autopropulsada construída para o Exército Soviético em 1941. Eles eram ótimos veículos, eram conversões do T-20 Komsomolets, mas sua produção foi limitada devido ao número de Komsomolets que ainda estavam em uso. O ZiS-30 foi um dos poucos projetos desenvolvidos na União Soviética logo após a Operação Barbarossa, em 1941. Cerca de cem foram produzidos pois faltavam chassis e canhões ZiS-2. O canhão ZiS-2 era montado no chassi de um T-20.

Especificações do ZiS-30

Dimensões: comprimento: 3,45m; largura: 1,86m
Blindagem: entre 7mm e 10mm
Motor: GAZ-M de 4 cilindros desenvolvendo 50hp
Performance: velocidade máxima: 40km/h; alcance: 250km
Armamento: uma arma de 57mm ZiS-2 e uma metralhadora DT de 7,62mm

BT-7

BT-7


Quando o grupo de trabalho de tanques do Exército Vermelho decidiu modernizar seus tanques durante a década de 20, foi autorizado ao seu departamento de projetos utilizar qualquer fonte que eles gostassem para obter as melhores idéias disponíveis. Muitos conceitos de projetos prometedores foram pesquisados, entre eles, havia idéias do americano J. Walter Christie. Seus projetos de suspensões avançadas não tiverem nenhum efeito em seu país. Mas os soviéticos abraçaram seu conceitos com vontade e os levaram para desenvolvimento. As suspensões de Christie foram integradas aos tanques da série BT (bystrochodya tank, ou tanque rápido).


Os primeiros da série BT eram cópias exatas de um protótipo de Christie que fora entregue a União Soviética em 1930, e designado de BT-1. O primeiro modelo soviético foi o BT-2. Á paritr de 1931, a série BT progrediu através de uma série de desenvolvimentos até chegar ao BT-7. O BT-7 era um tanque ágil e rápido que era destinado as divisões de cavalaria da União Soviética. Seu motor era um motor de aeronave convertido. A suspensão utilizada eram as barras de torção de Christie, que permitiam uma grande flexibilidade em altas velocidades.


Era um tanque muito popular entre seus operadores, e era um tanque muito confiável. Na época em que apareceu já havia muitas variantes, como tanques lança-chamas e outras versões com uma arma principal de 76,2mm. Algumas versões experimentais incluiam tanques anfíbios.

O BT-7 tinha uma grande desvantagem que era sua pouca blindagem. Em toda a série BT a blindagem foi sacrificada pela velocidade e mobilidade e, em 1939, ele provou ser muito vulnerável contra armas anti-tanque. O BT-5 demonstrou esse problema na Guerra Civil Espanhola e mesmo que o BT-7 tivesse uma blindagem extra, ainda não era suficiente como foi revelado na Guerra de Inverno.

BT-5.

Apesar do BT-7 ter servido antes da invasão alemã, alguns ainda encontravam-se em serviço em 1941. Mas eles saíram-se mal contra os panzers por causa de suas formações ruins e muitos foram perdidos simplesmente por causa de má manutenção e mal treinamento de seus tripulantes. Ao final de 1941, os tanques BT-7 haviam sido praticamente eliminados.

Especificações do BT-7

Tripulação: 3
Peso: 14 toneladas
Motor: um motor M-17T V-12, desenvolvendo 500hp
Dimensões: comprimento: 5,66m; largura: 2,29m; altura: 2,42m
Performance: velocidade máxima na estrada: 86km/h; alcance máximo: 250km
Armamento: arma principal de 44mm e duas metralhadoras de 7,62mm
Blindagem: variava entre 10mm e 22mm

Abaixo, uma cena do filme soviético "Tractoristy", de 1938, que contém cenas dos tanques BT-7, BT-5 e T-35 sendo utilizados.

Panzerkampfwagen I

Panzerkampfwagen I


Em 1933, o Departamento de Armas do Exército Alemão lançou um requerimento para um veículo de blindagem leve que pesasse em torno de 5.000kg e que pudesse ser utilizado para treinamento. Cinco companhias apresentaram seus protótipos. Após os testes, o projeto da Krupp foi aceito para desenvolvimento, sendo a Krupp responsável pelo chassi e a Daimler-Benz responsável pelo resto da estrutura. A produção do primeiro lote de 150 veículos iniciou-se em Julho de 1934 sob a designação Pzkpfw I Ausf A com um motor M 305, Krupp, que desenvolvia apenas 57 cavalos de força. Mas, no próximo lote, Ausf B, tinham um motor mais forte, e isso significava que o veículo teria de ser mais comprido. Este modelo era um pocuo mais pesado, mas seu motor mais forte, dava-o uma velocida de 40km/h na estrada. Em 1935, 800 destes já encontravam-se em serviço.


O Panzerkampfwagen I foi primeiramente utilizado na Guerra Civil Espanhola. No início da invasão da Polônia, em 1939, 1.445 estavam em serviço. Os Alemães ja haviam notado era mal adaptado para o serviço nas linhas de frente por causa de seu baixo poder de fogo e de sua leve blindagem. Na invasão da França, em 1940, apenas 523 PzKpfw foram utilizados, ainda que muitos ainda estevissem em serviço na Alemanha e na Polônia. Em 1941, o PzKpfw I ja havia sido retirado das linhas de frente, apesar que o modelo de comando Panzerbefehlwagen I continuou em serviço.


Uma vez que o tanque leve tornou-se obsoleto, o seu chassi passou por conversões para executar outros tipos de serviços. Carregar munições e outras tipos de cargas era um de seus serviços. Uma arma tcheca de 47-mm foi instalada em alguns destes tanques e foram utilizados no Norte da África. Mas logo esta arma tornou-se obsoleta conforme os tanques tornavam-se mais blindados. Outro modelo era um que tinha uma arma de 15cm instalada em uma nova estrutura, mas por ser muito pesada, apenas 40 foram feitas.

A torre localizava-se no centro do veículo, equipada com duas metralhadoras de 7,92mm, 525 cartuchos eram carregados para cada uma. O motorista sentava-se a esquerda da torre.

Especificações do Pzkpfw I Ausf B

Tripulação: 2
Peso: 6.000kg
Dimensões: comprimento: 4,42m; largura: 2,06m; altura: 1,72m
Motor: um motor Maybach NL38TR de seis cilindros desenvolvendo 100hp
Performance: velocidade máxima na estrada: 40km/h; alcance máximo: 140km

Panzerkampfwagen II

Panzerkampfwagen II


Em 1934, os contratos para o desenvolvimento do Panzerkampfwagen II foram ganhos pelas empresas Henschel, Krupp e MAN. Após a avaliação dos projetos, o modelo da MAN foi escolhido para desenvolvimento, sendo a MAN responsável pelo chassi e a Daimler-Benz responsável pela estrutura. O Panzerkampfwagen II foi também produzido pela Famo, MIAO e Wegmann. Este tanque foi a espinha dorsal das divisões blindadas alemãs durante a invasão da França e também viu serviço na invasão da União Soviética, mas nesse período foi considerado obsoleto por conta de sua pouca blindagem e seu baixo poder de fogo. Foi planejado mais como um veículo de treinamento do que de combate.


Os primeiros PzKpfw II Ausf A foram entregues em 1935, e eram equipados com um canhão de 20mm e uma metralhadora de 7,92mm. Era feito para três tripulantes e pesava 7,2 toneladas. Testes mostraram que o seu motor de 130hp não era suficiente, e foi então introduzido um motor de 140hp nos PzKpfw II Ausf B. O PzKpfw II Ausf C foi introduzido em 1937, e tinha uma melhor blindagem. Em 1938, o PzKpfw II Ausf D e Ausf E foram introduzidos, e tinham novas barras de torção que permitiam uma maior velocidade na estrada, apesar que a velocidade fora da estrada era inferior aos modelos anteriores. O último modelo a ser produzido foi o PzKpfw II Ausf F, que apareceu em 1940, ele tinha uma blindagem de 35mm na frente e de 20mm nos lados, isso aumentou o peso para 10 toneladas, que, consequentemente, diminuiu sua velocidade.

A torre e a estrutura eram feitas de aço soldado. O motorista ficava á direita na frente e os outros dois operadoras ficavam no centro do veículo. O motor localizava-se na parte traseira do veículo. 180 projéteis eram levados para o canhão de 20mm e a metralhadora de 7,92mm (cujo 1.425 cartuchos eram levados) localizava-se na direita da torre.


O Pzkpfw II também foi muito utilizado em unidades rápidas de reconhecimento. Uma interessante variante deste veículo era uma versão anfíbio deste tanque que foi produzido para a invasão da Inglaterra em 1940. Este modelo tinha uma hélice que fornecia uma velocidade de 10km/h na água. Havia outra versão, que utilizava um lança-chamas, o Flammpanzer II. 100 destes modelos encontravam-se em serviço em 1942.

Quando o tanque básico tornou-se obsoleto, o chassi foi rapidamente alterado para outras tarefas. Uma destas versões utilizava uma arma soviética de 7,6 cm que ficou conhecida como Marder I. Esta versão foi seguida pelo Marder II que era equipado com uma arma alemã antitanque de 7,5 cm. Cerca de 1.200 destes veículos foram produzidos ou convertidos. Havia também o Wespe, com uma arma de 10,5 cm que foi produzida na Polônia até 1944. 

Especificações do Pzkpfw II Ausf F

Tripulação: 3
Peso: 10.000kg
Dimensões: comprimento: 4,64m; largura: 2,30m; altura: 2,02m
Motor: um Maybach de seis cilindros desenvolvendo 140hp
Performance: velocidade máxima na estrada: 55km/h; alcance máximo: 200km

M24 Chaffee

M24 Chaffee


Em 1942 os tanques com armas de 37mm ja estavam ultrapassados. Requerimentos para um tanque com uma arma de 75mm vinham do exército e tentativas de colocar uma arma de 75mm no tanque leve M5 não tiveram sucesso e um novo projeto foi desenvolvido pela Cadillac. O primeiro tanque ficou pronto em 1943. 

O primeiro canhão a ser utilizado era uma arma francesa de 75mm adaptada para os tanques. Diversas tentativas foram feitas para diminuir a arma para que esta pudesse ser instalada no avião B-25 como uma arma contra navios e desta forma ela foi facilmente adaptada para os tanques.


Inicialmente conhecido como T24, ele foi logo renomeado como Light Tank (Tanque Leve) M24 e mais tarde recebeu o nome de Chaffee. Até 1944 ainda não estava em total serviço e somente em 1945 que viu alguma ação na Europa. A maior contribuição do M24 não pode ser sentida até o fim da guerra pois seu chassi serviu de base para toda uma família de blindados que incluíam artilharia autopropulsadas, tanques com armas antiaéreas, etc.. A efetividade do M24 só pode ser vista em larga escala na Guerra da Coréia.


O M24 era um tanque pequeno e bem armado para o seu tamanho e seu peso mas sua blindagem que variava entre 12mm e 38mm tinha de ser mais leve do que em outros tanques para dar ao tanque sua agilidade. O M24 tinha uma tripulação de cinco homens que incluía um operador de rádio, um motorista, um comandante, um oficial do canhão e um carregador.

Especificações do M24

Tripulação: 5
Peso: 18,37 toneladas
Motor: dois motores Cadillac Modelo 44T24 V-8
Dimensões: comprimento: 4,99m; comprimento, com a arma principal: 5,49; largura: 2,95m; altura: 2,48m
Performance: velocidade máxima na estrada: 56km/h; alcance máximo: 161km
Armamento: uma arma principal de 75mm, duas metralhadoras de 7,62mm, uma arma de 12,7mm montada na torre e um morteiro de 51mm

Renault R 35

Renault R 35


O tanque Renault R 35, originalmente conhecido como Renault ZM, foi produzido em 1934 em resposta ao requerimento de um novo tanque de suporte para a infantaria do Exército Francês. Esse tanque deveria substituir os antigos Renault 17 que datavam da Primeira Guerra Mundial. Os testes se iniciaram em 1935 e antes que mais testes fossem efetuados o R 35 foi posto em produção já que a Alemanha se mostrava disposta a uma guerra. Antes do início da produção foi efetuada uma pequena mudança: a blindagem do tanque deveria passar de 30mm para 40mm.

O R 35 nunca substituiu totalmente o R 17 mas em torno de 1940 cerca de 1.600 já haviam sido produzidos. Era o tanque mais numeroso no Exército Francês. O R 35 era um tanque pequeno para dois tripulantes. Sua blindagem utilizava muito de fundição. O motorista ficava posicionado a frente enquanto que o comandante tinha de trabalhador como carregador da arma principal, além de mirá-la e dispará-la. A torre do tanque não dispunha de dispositivos de observação eficazes mas até então o tanque era suficiente.

Uma nova versão introduzida em 1940, que dispunha de um novo sistema de suspensão, foi chamada de AMX R 40. Poucas destas versões haviam sido produzidas quando a Invasão da França começou. O R 35 não era oponente para os Panzers. Seu canhão não era capaz de perfurar nem a blindagem dos menores tanques alemães e o modo como ele era empregado em combate, utilizados em poucos números em apoio a infantaria, fazia com que fosse presa fácil para o grande número de Panzers utilizados pelos Alemães. A blindagem de 40mm do R 35 era capaz de suportar a maioria das armas antitanques alemãs mas pouco o tanque podia fazer para mudar o curso da campanha. A maioria dos R 35 era destruída ou abandonada pelas suas tripulações frente ao desastre que varria o Exército Francês.

Muitos R 35 caíram intactos em mãos alemãs. Esses foram utilizados em missões na França ou em escolas de treinamento alemãs. Com o início da Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética, muitos R 35 foram privados de suas torres e eram utilizados como tratores para artilharia ou utilizados para carregar munição. Mais tarde, o restante dos R 35 que ainda se encontravam na França tiveram suas torres retiradas para serviram como artilharia auto-propulsada ou armas anti-tanque. As torres retiradas foram colocadas como defesa na Muralha do Atlântico.

O R35 mostrou ser de maior utilidade aos Alemães do que aos Franceses. Foi um tanque de tradição de combate da Primeira Guerra construído sob o pensamento de que a guerra com tanques havia mudado pouco desde 1918.

Especificações do R 35

Tripulação: 2
Peso: 10.000kg
Motor: um Renault de 4 cilindros desenvolvendo 82bhp
Dimensões: comprimento: 4,20m; largura: 1,85m; altura: 2,37m
Performance: velocidade máxima: 20km/h; alcance: 140km
Armamento: um canhão de 37mm e uma metralhadora de 7,5mm

Panzerkampfwagen III

Panzerkampfwagen III


Na metade da década de 30 foi decidido que cada batalhão de tanques deveria ter três companhias de tanques leves/médios e outra companhia de tanques médios melhores equipados. O primeiro veio a ser o Panzerkampfwagen III (Pzkpfw III) ou SdKfz 141, e o outro o Panzerkampfwagen IV (PzKpfw IV) que deveria permanecer em produção durante toda a Segunda Guerra Mundial.
Panzer III na Rússia.

Em 1935, o Departamento de Armas emitiu contratos para a construção de um protótipo para as empresas Daimler-Benz, Krupp, MAN e Rheinmetall-Borsig. Logo no início foi decidido que o tanque deveria ter uma arma de 37mm que utilizasse o mesmo tipo de munição das armas antitanque utilizadas pela infantaria. Provisões foram feitas para que uma arma de 50mm fosse utilizada caso necessário. Seguindo os testes com os protótipos, o modelo da Daimler-Benz foi escolhido.


Os primeiros modelos, PzKpfw III Ausf A, Ausf B e Ausf C foram produzidos em pequenos números, e diferenciavam-se apenas na suspensão. Em 1939, ele ja estava em serviço, e sua produção ja estava em andamento. O PzKpfw III foi utilizado pela primeira vez em combates na invasão da Polônia. Os próximos modelos foram o PzKpfw III Ausf D que tinha uma blindagem mais leve e o Pzkpfw III Ausf F que tinha um melhor motor e um melhor armamento.

Panzer III no norte da África.

Em 1939, foi decidido levar adiante o modelo com a arma de 50mm, e ele entrou em produção em 1940 sob a designação PzKpfw III Ausf F. Este modelo foi seguido pelo PzKpfw III Ausf G, que tinha um armamento similar e um motor melhor. Para as operações no norte da África ele foi equipado com um kit tropical. Para a invasão da Inglaterra foi feita uma versão especial para adaptar-se melhor na água, mas como a invasão não ocorreu ele foi utilizado na invasão da União Soviética com sucesso.


A arma de 50mm L/42 era inadequada contra os T-34 soviéticos, então a arma L/60 foi instalada. O projétil desta arma tinha uma velocidade superior e os veículos equipados com esta arma eram designados de Pzkpfw III Ausf J. Em 1942, a maioria dos veículos ja não utilizava a arma de 37mm. O próximo modelo foi o Pzkpfw Ausf L, que tinha uma blindagem ainda mais aprimorada que aumentava o seu peso para 22 toneladas, o dobro do peso do projeto original.


O PzKpfw III Ausf M e Ausf N eram equipados com a arma L/24 de 75mm que foi instalada no Pzkpfw IV. Em torno de 64 cartuchos eram carregados para esta arma. A produção do Pzkpfw III foi finalmente completada em Agosto de 1943. Muitas armas autopropulsadas utilizavam o chassi do Pzkpfw III.



Outras variações incluíam um modelo de recuperação de veículos blindados, um modelo de observação (Panzerbeobachtungswagen) e um de comando (Panzerbefehlswagen III). Em torno de 15.000 chassis foram produzidos para os tanques e armas autopropulsadas. O motorista localizava-se na frente á esquerda com o operador da metralhadora e do rádio ao lado direito e os outros três no meio do veículo para operar a torre. O motor localizava-se na parte traseira do veículo. 

Especificações do PzKpfw III Ausf M

Tripulação: 5
Peso: 22.300kg
Dimensões: comprimento (incluindo o armamento): 6,41m; comprimento: 5,52m; largura: 2,95m; altura: 2,50m
Motor: um motor Maybach Hl 120 TRM de 12 cilindros desenvolvendo 300hp
Performance: velocidade máxima na estrada: 40km/h; alcance máximo: 175km