Um grande número de variantes especiais foi feito em cima do desenho padrão do Kübel. Em 1939 o Professor Porsche desenhou uma versão 4x4 que podia receber a carroceria da versão civil (Tipo 87) tanto quanto a da versão militar (Tipo 86). O motor de quatro cilindros teve as câmaras abertas para 1.130 cm³, o que aumentou sua potência para 25 hps. Apesar de desenvolvimentos posteriores do Tipo 86 serem cancelados em favor da produção da versão anfíbia (Schwinwagen modelos 128 e 166), aproximadamente 600 exemplares do Tipo 87 foram fabricados com a carroceria da KdF (sedan civil).
Existe uma história de que um desses veículos está aqui no Brasil nas mãos de um antigo combatente do Norte de África, e que ele teria conseguido fugir, juntamente com o carro, das tropas inglesas que avançavam contra o que restara do Afrika Korps.
O Mini Meia Lagarta
O rigoroso inverno de 1941/42 levou o alto comando a apresentar à empresa de Porsche um contrato para o desenvolvimento de um veículo capaz de operar na neve. O Schwinwagen mod.166 (selecionado devido a sua carroceria achatada e fechada em baixo, na esperança de que isso auxiliasse a deslizar sobre a neve) foi adaptado com pneus altamente aderentes e com adaptadores da empresa Rieger e Dietz.
Testes com o veículo foram efetuados em Grosglockner no período de 22 a 24 de Junho de 1942. Estes revelaram que os pneus derrapavam facilmente e tinham a incômoda tendência de facilitarem o atolamento na neve. Uma melhora do desempenho poderia ter sido conseguida com o aumento do tamanho dos pneus especiais e uma mudança na relação de engrenagens, entretanto, um veículo com esteira oferecia, aparentemente, uma esperança maior. A idéia dos pneus de alta aderência foi descartada e os desenhistas voltaram a atenção para a construção de uma versão com esteira e uma série de configurações diferentes apareceram.
Testes com o veículo foram efetuados em Grosglockner no período de 22 a 24 de Junho de 1942. Estes revelaram que os pneus derrapavam facilmente e tinham a incômoda tendência de facilitarem o atolamento na neve. Uma melhora do desempenho poderia ter sido conseguida com o aumento do tamanho dos pneus especiais e uma mudança na relação de engrenagens, entretanto, um veículo com esteira oferecia, aparentemente, uma esperança maior. A idéia dos pneus de alta aderência foi descartada e os desenhistas voltaram a atenção para a construção de uma versão com esteira e uma série de configurações diferentes apareceram.
Os pneus dianteiros foram equipados com esquis e a mudança de direção era feita a partir da variação de velocidade das esteiras ou pela frenagem do diferencial (sistema que é usado para se dirigir veículos blindados com esteiras integrais).
Apesar dos testes terem se mostrados promissores, nenhum desses modelos acabou entrando em produção.
Falso Blindado
Outra variação (Tipo 823) bastante interessante foi a adaptação de uma carroceria quase totalmente fechada, que lembrava um blindado leve, sobre o chassis de um Kübel.
Ele poderia ser usado para treinamento, mas a principal idéia era proporcionar às tropas um meio de enganar o inimigo, fazendo com que eles acreditassem que veículos blindados de reconhecimento estavam na área.
Com a adição de painéis nas laterais, estes poderiam passar por tanques leves. Eram equipados com torretas rotativas, periscópios e podiam, inclusive, terem uma metralhadora acoplada ao conjunto superior. O acesso ao interior do veículo era feito através de uma escotilha na parte superior da torreta. Isso ajudava também para disfarçar a verdadeira natureza do veículo, caso algum observador inimigo estivesse nas proximidades.
Um Alien?
Existem fotos do protótipo de um veículo do qual não se sabe quase nada. Pistas levam a crer que o tal veículo com uma carroceria semelhante ao Kübel, mas com linhas mais suaves e sem faróis, tenha sido desenvolvido numa plataforma 4x4 exclusivamente para a SS.
Outras fontes alegam que se trata de um dispositivo de demolição radio-controlado. A presença de armas e assentos nos levam a crer que a primeira opção seja a correta, mas a falta de instrumentos no painel sustenta a segunda. Quem poderá saber o real uso dessa máquina com linhas tão diferentes do Kübel padrão levando-se em conta que, do protótipo, só sobraram duas fotos?
Outras fontes alegam que se trata de um dispositivo de demolição radio-controlado. A presença de armas e assentos nos levam a crer que a primeira opção seja a correta, mas a falta de instrumentos no painel sustenta a segunda. Quem poderá saber o real uso dessa máquina com linhas tão diferentes do Kübel padrão levando-se em conta que, do protótipo, só sobraram duas fotos?
Para lá ou para cá?
Outra variação que sequer saiu do papel foi uma versão pedida pelo alto comando de um carro baseado no chassi do Tipo 87 (4x4) com seis rodas, designado Tipo 164. Esse veículo teria a capacidade de ser dirigido em ambas as direções e não teria somente dois volantes e dois painéis de instrumentos, mas também dois motores que acionariam os eixos independentemente.
O Tipo 164 não passou da fase de projeto. Com uma característica destas, já imaginou se o motorista que estivesse dirigindo a parte traseira fosse do tipo mais cauteloso (medroso) e ele se assustasse com algo? O resultado poderia ter duas possibilidades: ou dois meios carros cada um indo numa direção ou uma caixa de transmissão quebrada.
O Tipo 164 não passou da fase de projeto. Com uma característica destas, já imaginou se o motorista que estivesse dirigindo a parte traseira fosse do tipo mais cauteloso (medroso) e ele se assustasse com algo? O resultado poderia ter duas possibilidades: ou dois meios carros cada um indo numa direção ou uma caixa de transmissão quebrada.
Sobre trilhos
Em meados de 1943 o chefe do Departamento de Pesquisas Governamentais, o Dr. Ingman Hanft juntamente com a Alper & Co. Railway Firm de Hamburgo desenvolveram um método bem simples que permitia ao Kübel andar sobre trilhos, o que aumentava ainda mais a sua versatilidade. As rodas normais eram adaptadas com flanges especiais e a bitola do carro era aumentada simplesmente montando as rodas de modo inverso nos cubos. Esta operação fazia com que a bitola do carro ficasse na mesma medida que a da ferrovia, que era de 1.435 mm.
Os testes foram realizados nas áreas administrativas da ferrovia entre Hamburgo e Stuttgart e foram tão bem sucedidos, que Porsche estava apto a demonstrar o Tipo 82 para os oficiais do HWA em 28 de Setembro de 1943. Os oficiais presentes mostraram-se muito impressionados e aprovaram a produção em série. Essa produção teve lugar no inverno de 1943/44, mas como muito dos novos materiais de guerra, chegou um pouco tarde demais para ter algum efeito no transcorrer da guerra.
Como você pode ver por esta pequena amostra da variedade de veículos que saíram da fábrica Porsche, criatividade e engenhosidade não faltavam aos engenheiros e técnicos alemães.
Até a próxima.
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